quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Bolsa Europeia em alta

Bolsa Europeia em alta

da EFE

As principais bolsas de valores da Europa abriram em alta nesta quarta-feira, depois de terem encerrado em leve alta no último pregão, puxadas pelos dados sobre confiança do consumidor dos EUA, amenizando receios sobre uma recessão econômica.

No início do pregão desta segunda, o DAX-30, principal índice da bolsa de Frankfurt, na Alemanha, abriu em alta de 0,17% e vai para os 5.935 pontos. Na Inglaterra, a bolsa de Londres vê seu índice seletivo, o FTSE-100, crescer 0,60%e retomar os 5.256 pontos.

O CAC-40, índice principal da bolsa de Paris, sobe 0,49% e volta aos 3.490 pontos. Na Itália, o FTSE-MIB, indicador mais importante da bolsa de Milão, valoriza-se 0,22% e retorna aos 19.775 pontos.

Na Espanha, o Ibex-35, índice geral da bolsa de Madri, registra um crescimento de 0,28% e atinge os 10.215 pontos.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

AgBank registra maior entrada na Bolsa

AgBank registra maior entrada na Bolsa



O Agricultural Bank of China (AgBank) fez a maior entrada na Bolsa mundial, depois de ter exercido a totalidade de sua opção de compra 'green shoe' em Xangai, levando o produto total de IPO a 22,1 bilhões de dólares, segundo a agência de notícias Dow Jones Newswires.

O recorde anterior de entrada no mercado era do Industrial and Commercial Bank of China, com US$ 21,9 bilhões em 2006.


Sede do Agricultural Bank of China


A opção de compra 'green shoe' consiste em propor mais títulos que o previsto inicialmente no caso de forte demanda.

O AgBank ganhou 1,3 bilhão de dólares adicionais ao exercer a opção de compra "green shoe" em Xangai. Vendeu 3,4 bilhões de títulos suplementares, segundo a Dow Jones.

Quarto e último dos grandes bancos chineses a entrar na Bolsa, o AgBank havia acumulado 19,23 bilhões de dólares antes de ser cotado em Hong Kong e Xangai a partir de meados de julho.
País é o quarto em vendas, mas ainda é só o sexto em produção

País é o quarto em vendas, mas ainda é só o sexto em produção

do Universo Econômia

Ser o quarto maior mercado de carros do mundo é um fato a ser comemorado, mas, o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Cledorvino Belini, segue aflito. "Somos o quarto maior em vendas, mas estamos em sexto lugar no ranking de produção", lamenta o executivo, que também comanda a Fiat do Brasil.

Ele ressalta que o País tem registrado importações recordes e recuperação lenta das vendas externas. "Vamos exportar cerca de 300 mil unidades a menos do que em 1995", diz Belini. O mesmo estudo que aponta o Brasil como quarto maior mercado este ano, mantém o País na sexta posição em produção.

No primeiro semestre foram fabricados no Brasil 1,75 milhão de veículos. A Coreia do Sul, quinta no ranking, produziu 2,1 milhões e a Alemanha, 3 milhões. Já nos Estados Unidos foram 3,8 milhões, no Japão 4,8 milhões e na China, 8,9 milhões.

Marcelo Cioffi, da PriceWaterhouseCoopers, lembra que, num mundo globalizado, a troca de produtos é muito ágil.

Países maduros estão com alta ociosidade. Com o câmbio favorável e o alto custo Brasil, inundar o mercado brasileiro com seus produtos é um desejo claro e muitas multinacionais têm procurado ajudar suas matrizes.

Para Cioffi, o desafio são as montadoras instaladas no País investirem em nacionalização de produtos hoje importados. Juntas, as fabricantes têm hoje capacidade instalada para produzir 4,3 milhões de veículos.

A previsão da Anfavea é de uma produção de 3,4 milhões neste ano. "Temos uma ociosidade de quase 1 milhão de unidades", ressalta Belini.

Cioffi calcula que, em 2011, o País deverá consumir 4 milhões de veículos e chegar aos 5 milhões em 2014. "Até o fim da década o Brasil deverá ser a terceira maior potência em vendas de veículos", prevê o consultor.

As informações são do jornal O Estadão.
Lucro da BRF cai 72% para R$ 132 mi no 2º trimestre

Lucro da BRF cai 72% para R$ 132 mi no 2º trimestre

da Agência Estado

O lucro líquido da BRF - Brasil Foods somou R$ 132 milhões no segundo trimestre deste ano, mostrando queda de 72% em relação aos R$ 476 milhões obtidos no mesmo período de 2009, segundo dados pro forma divulgados hoje pela companhia. O lucro antes de despesas financeiras, impostos, depreciação e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) foi de R$ 587 milhões entre abril e junho, alta de 54% na comparação com os R$ 381 milhões do segundo trimestre de 2009. A margem Ebitda ficou em 10,6%, o que representa avanço de 3,4 pontos porcentuais sobre o mesmo intervalo do exercício anterior.

A receita líquida da BRF atingiu R$ 5,532 bilhões no segundo trimestre deste ano, avanço de 5%. No mesmo período do ano passado, a cifra havia sido de R$ 5,276 bilhões. As vendas no mercado externo ficaram praticamente estáveis no segundo trimestre em R$ 2,432 bilhões, ante R$ 2,441 bilhões no mesmo período do ano passado. Já as vendas no mercado doméstico cresceram 8% em receita, totalizando R$ 3,883 bilhões.

No primeiro semestre o lucro líquido da empresa de alimentos ficou em R$ 184 milhões, ante R$ 10 milhões registrado em igual período do ano anterior. Na mesma base de comparação, a geração de caixa medida pelo Ebitda cresceu 84%, para R$ 1,035 bilhão, com uma melhora da margem Ebitda de 5,4% para 9,8%. A receita líquida atingiu R$ 10,579 bilhões no semestre, indicando expansão de 2% em relação aos R$ 10,337 bilhões informado um ano antes.

Entre janeiro e junho, as vendas no mercado externo caíram 4%, para R$ 4,56 bilhões. No mesmo intervalo, as vendas no mercado doméstico subiram 6%, passando para R$ 7,569 bilhões.
Executivo da Apple é acusado de vender segredos industriais (WSJ)

Executivo da Apple é acusado de vender segredos industriais (WSJ)



Um executivo da gigante da informática americana Apple foi acusado nos Estados Unidos de vender segredos industriais a fornecedores asiáticos, afirmou o Wall Street Journal.

Paul Shin Devine, executivo da diretoria de compras do grupo, recebeu mais de um milhão de dólares desde 2006 de seis industriais chineses, sul-coreanos e cingapurianos, informou o WSJ, com base nos primeiros indícios da investigação.


E.U.A. Seu novo iPhone da Apple 4 Na loja da Apple em Sydney
, Austrália



Segundo documentos citados pelo jornal americano, Devine pedia que os subornos fossem pagos em quantias pequenas, depositadas em uma série de contas criadas em bancos estrangeiros em nome de sua mulher.

A Apple começou a suspeitar de seu executivo devido a e-mails enviados de seu computador profissional.

Depois de denunciado pela própria empresa, Devine foi preso na quinta-feira, segundo o WSJ.
PIB do Japão cresce 0,4% no segundo trimestre do ano

PIB do Japão cresce 0,4% no segundo trimestre do ano

da EFE

O Produto Interno Bruto (PIB) do Japão cresceu 0,4% a ritmo anual, entre abril e junho, abaixo dos 5% registrados no primeiro trimestre do ano, segundo informou o Governo japonês.


PIB do Japão cresce 0,4% no segundo trimestre do ano


No trimestre anterior, o crescimento da economia japonesa entre abril e junho em termos reais foi de 0,1%.

Apesar de sair da recessão no segundo trimestre do ano passado, a segunda economia mundial enfrenta ainda o problema da deflação e o risco que representa um iene forte frente ao dólar e ao euro.

Além disso, o consumo privado, responsável por 60% do PIB japonês, não mostrou variação no período abril-junho em relação ao trimestre anterior.

A despesa de capital aumentou 0,5% e o investimento público retrocedeu 3,4%.

Em termos nominais (a preços correntes), o PIB japonês caiu 3,7% a ritmo anual entre abril e junho, com uma contração de 0,9% em relação ao trimestre anterior.

Segundo disse em entrevista coletiva Keisuke Tsumura, secretário parlamentar citado pela agência "Kyodo", estes dados demonstram que a economia japonesa entrou em uma fase de estabilização após os avanços anteriores, que foram motivados por aumentos no consumo e pela demanda externa.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

China e EUA derrubam mercado global

China e EUA derrubam mercado global

da Agência Estado

Os mercados, já enfraquecidos na véspera pela avaliação pessimista do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) sobre os Estados Unidos e pelos dados da balança comercial chinesa, despencaram nesta quarta-feira, 11, com o temor sobre o futuro da economia global depois da divulgação de uma nova bateria de indicadores da China e de avaliação do Banco da Inglaterra de que a economia deve crescer menos do que o esperado.

As principais bolsas americanas fecharam o dia com a pior jornada desde 29 de junho. O índice Dow Jones despencou 2,49%, enquanto bolsa eletrônica Nasdaq caiu 3,01%. Na Europa, a Bolsa de Londres recuou 2,44; a da França, 2,74; e a da Alemanha, 2,10. No Brasil, seguindo o mesmo ritmo das bolsas americanas e europeias, o Ibovespa caiu 2,13%.

Nos Estados Unidos, com a queda no mercado acionário, os investidores correram para um investimento conservador – os títulos de 10 anos do Tesouro americano, que tiveram alta de 2,68%.

Na Bolsa de Nova York, o dia foi qualificado como "amargo". Os pregões refletiram o temor de que a economia mundial atravesse um novo período de baixa expansão. Da China, a confirmação da desaceleração da atividade industrial do país em julho e a perspectiva de um esfriamento da economia trouxeram mais insegurança aos investidores nos EUA. Esse fator influenciou diretamente na queda de 2,8% da cotação do petróleo em bruto, cujo preço do barril fechou em US$ 77,98.

Outro sinal de desempenho menos otimista para a economia mundial surgiu na terça-feira, quando o Conselho de Diretores do Fed divulgou sua avaliação de que "o ritmo de recuperação da economia provavelmente está mais modesto no período recente do que foi antecipado". Esse mea-culpa foi acompanhado pela decisão do banco central americano de comprar títulos do Tesouro de 10 anos com os recursos acumulados do pagamento de seus bônus imobiliários.

Essa medida adotada pelo Fed teve o objetivo de manter um nível razoável de moeda em circulação na economia americana como forma de alavancar o crédito imobiliário e ao consumidor.

Quarta-feira, entretanto, outros dois fatores domésticos influenciaram a decisão dos investidores de vender mais ações nas Bolsas americanas. O primeiro é a ameaça de deflação nos EUA, onde variação anualizada dos preços ao consumidor em julho alcançou 1,1%. O outro fator é a ampliação do déficit comercial em junho. com o aumento das importações de bens de consumo da China e de outros fornecedores e a queda das exportações, o déficit subiu para 18,8% – o maior desde outubro de 2008.

Outros indicadores. Na Inglaterra, o Comitê de Política Monetária do Banco da Inglaterra (BOE, na sigla em inglês) anunciou que a economia do Reino Unido deve expandir-se em um ritmo pouco menor do que previsto inicialmente, por causa do aperto fiscal de £ 113 bilhões até 2015. No Relatório de Inflação trimestral, o BOE revisou sua expectativa de crescimento econômico para em torno de 3% no médio prazo, de projeção de expansão de 3,6% feita em maio.

Na China, a produção industrial cresceu 13,4% em julho na comparação com o mesmo mês do ano passado, desacelerando em relação aos 13,7% de junho. As vendas no varejo desaceleraram para +17,9% em julho, ante os 18,3% registrados em junho. E o investimento em ativos fixos nas áreas urbanas do país aumentou 24,9% no período janeiro-julho em relação a igual intervalo de 2009, diminuindo o ritmo na comparação com o crescimento de 25,5% verificado no período janeiro-junho.
Estudo do BC revela economia estacionada desde março

Estudo do BC revela economia estacionada desde março

da Agência Estado

A economia está praticamente estagnada desde março. Estudo divulgado hoje pelo Banco Central mostra que o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) não se alterou e, nesse período, ficou estacionado na casa dos 139 pontos. O índice, que é considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), teve leve expansão de 0,02% em junho ante o mês anterior, para 139,26 pontos. Em maio, o índice revisado caiu 0,06%, na primeira retração desde dezembro de 2008 na fase aguda da crise financeira.

O levantamento confirma a percepção do próprio BC de que o ritmo da economia é outro em relação ao do início do ano. Entre janeiro do ano passado e abril deste ano, por 16 meses seguidos, a atividade econômica teve expansão ininterrupta. A taxa média de crescimento nesse período ficou em 0,81%. Em vários meses, inclusive, superou a 1%, como em março deste ano, quando o indicador aumentou 1,16% e atingiu o patamar de 139 pontos.

O quadro exibido pelo Banco Central mostra que desde março, a velocidade da atividade econômica é diferente. Em abril, o ritmo dessa expansão caiu para 0,23%. E, em seguida, registrou a leve queda em maio. "O comportamento recente do índice caminha para a estagnação e ampara a decisão do BC de reduzir o ritmo do aumento do juro em julho", afirma o superintendente do Banco Banif, Rodrigo Trotta. Para ele, os dados consolidaram a percepção do mercado de que o ciclo de aumento da taxa Selic deverá ter, no máximo, mais uma alta de 0,25 ponto em setembro. Ele, porém, arrisca que já há indicadores que sustentariam a manutenção do juro na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).
Com poupança, Brasileiro financia 62% do valor do imóvel

Com poupança, Brasileiro financia 62% do valor do imóvel

do Universo Econômia

O percentual de financiamento dos imóveis vem crescendo nos últimos anos no país, atingindo no primeiro semestre de 2010 uma média de 61,9% do valor total da moradia, de acordo com os dados divulgados hoje pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), que engloba todos os empréstimos feitos pelos bancos nesse período.

Em 2009, havia ficado em 61,1%, patamar acima do contabilizado um ano antes (58,6%). Os números registrados em 2004 (46,8%) e em 2005 (47,8%) mostram que os clientes dos bancos davam mais da metade do valor de entrada para financiar a casa própria.

De acordo com Luiz Antônio França, presidente da Abecip, o crescimento mostra "claramente uma antecipação de compras´´, devido, principalmente, às condições de crédito mais favoráveis ao tomador do empréstimo, com taxas de juros menores e o alongamento dos prazos de pagamento. Para o executivo, a tendência é que o percentual continue subindo e a experiência mundial mostra que 80% é um patamar considerado sustentável.

O dado divulgado pela Abecip (61,9%) se refere à fatia financiada pelo tomador do empréstimo, mas os bancos oferecem a possibilidade de um percentual ainda maior.

A Caixa Econômica Federal, líder de mercado com 67% dos empréstimos com recursos da poupança concedidos no primeiro semestre, financia até 90% do valor do imóvel com essa fonte. No Itaú Unibanco, maior banco privado do país e segundo nesse segmento, pode chegar a 80% do valor.

Outro motivo apontado por França para a diminuição do valor de entrada é a atuação maior dos bancos no mercado de imóveis usados. Segundo ele, as pessoas costumavam usar outras maneiras de se financiar nesse caso, citando as compras à vista ou com parcelamento feito diretamente com o vendedor. "O papel dos usados é fundamental´´, completa, citando os consumidores que saem de uma moradia para outra, seja por crescimento da família ou mobilidade. "Se há liquidez no imóvel usado, é mais fácil mudar, porque faz com que o mercado gire com mais fluidez."

Recorde

As operações de crédito imobiliário com recursos da poupança atingiram R$ 23,8 bilhões no primeiro semestre deste ano, registrando o melhor resultado para esse período da série histórica, iniciada em 1967, também de acordo com os dados divulgados hoje pela Abecip.

O valor superou em 77% o montante contabilizado no mesmo período de 2009. Em quantidade, foram 187,6 mil unidades financiadas, o que representa uma expansão de 51,5% no mesmo comparativo.

O presidente da entidade, Luiz Antônio França, já havia previsto que, em 2014, o financiamento imobiliário deve ter atingido 11% do PIB no Brasil. A projeção está em linha com a estimativa de Jorge Hereda, vice-presidente de Governo da Caixa Econômica Federal, que projeta 10% no ano seguinte. Atualmente, a proporção é de apenas 3%.

Fontes alternativas

Os sucessivos recordes estão levando a Caixa a começar a procurar fontes alternativas de financiamento, além dos recursos do FGTS e da poupança. Nos sete primeiros meses do ano, os empréstimos do banco federal chegaram a R$ 40,1 bilhões, mais do dobro (104%) do resultado obtido no mesmo período do ano passado.

Por lei, os bancos são obrigados a destinar 65% dos depósitos em poupança para o crédito habitacional, mas há o temor de que o crescimento da caderneta não acompanhe o dos empréstimos realizados.

Cerca de R$ 20 bilhões -de uma carteira de crédito imobiliário de R$ 82 bilhões já estariam prontos para uma securitização, mas o valor da primeira emissão, que será feita até dezembro, ainda não foi definido pela Caixa.

A securitização consiste na transformação de uma dívida em um papel para investimento no mercado de capitais.

O investidor é remunerado com uma taxa de retorno que varia de acordo com as características do financiamento, descontados os custos e o ganho do banco. A instituição financeira, por sua vez, recicla o dinheiro sem ter de esperar até o último pagamento do tomador do empréstimo. O risco de inadimplência, normalmente, fica com o investidor.
Jovens sem emprego já chegam a 81 Milhões

Jovens sem emprego já chegam a 81 Milhões

do Universo Econômia

De acordo um relatório da Organização Internacional do Trabalho, havia 81 milhões de jovens economicamente ativos, com idade entre 15 e 24 anos, desempregados no fim de 2009. A taxa é maior já registrada pela entidade e deverá aumentar até o final deste ano. O documento mostra que o número representa 7,8 milhões de desempregados a mais em relação a 2007. A taxa de desemprego entre os jovens aumentou de 11,9%, em 2007, para 13% no ano passado.

O estudo acrescenta que estas tendências terão "consequências significativas para os jovens e as gerações futuras vão engrossar as fileiras dos desempregados" e alerta para o risco "de um legado de crise de uma geração perdida, composta de jovens que abandonaram o mercado de trabalho, tendo perdido toda a esperança de serem capazes de trabalhar para uma vida decente".

Segundo as projeções da OIT, a taxa de desemprego global de juventude deverá continuar a aumentar durante 2010, para 13,1%, seguida por um declínio moderado, para 12,7% em 2011. O relatório também aponta que a taxa de desemprego dos jovens revelou-se mais sensível à crise do que as taxas de adultos e que a recuperação do mercado de trabalho para homens e mulheres jovens provavelmente ficará atrás da dos adultos.

A OIT indica que nos países desenvolvidos e em algumas economias emergentes, o impacto de crise sobre a juventude é sentida principalmente em termos de aumento do desemprego e os riscos sociais associados com o desânimo e inatividade prolongada.

O relatório assinala que nas economias em desenvolvimento os jovens são mais vulneráveis ao subemprego e à pobreza. Segundo o documento, nos países de baixa renda, o impacto da crise é mais sentido nas horas mais curtas de trabalho e na redução de salários para os poucos que mantêm empregos assalariados e no aumento do emprego vulnerável em uma economia com um número cada vez maior de empregos informais.

Ao todo, 152 milhões de jovens, ou 28% de todos os trabalhadores jovens do mundo, tinham trabalho mas estavam em situação de extrema pobreza, em famílias que sobreviviam com menos de US$ 1,25 por pessoa por dia em 2008.

"Nos países em desenvolvimento, a crise permeia o cotidiano dos pobres", disse o diretor geral da OIT, Juan Somavia. "As consequências da crise econômica e financeira ameaçam agravar os pré-existentes déficits de trabalho decente entre os jovens. O resultado é que o número de jovens em trabalhos precários cresce e este ciclo pode persistir por pelo menos mais uma geração."

O relatório da OIT explica como o desemprego, o subemprego e o desânimo podem ter um impacto negativo a longo prazo sobre os jovens, comprometendo as suas perspectivas futuras de emprego. O estudo também destaca o custo da ociosidade entre os jovens, informando que: "as sociedades perdem seus investimentos em educação. Governos deixam de receber contribuições para os sistemas de segurança social, e são forçados a aumentar os gastos com serviços de reparação".

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

EUA: Tesouro rejeita reduções fiscais para mais ricos

EUA: Tesouro rejeita reduções fiscais para mais ricos

AFP

O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, descartou categoricamente a ampliação do dispositivo que concede reduções fiscais à faixa mais rica da população, aprovado durante o governo precedente.

"Pedir aos que ganham mais em nossa sociedade para que renunciem à manutenção das reduções de impostos é uma das medidas que devem permitir o retorno à responsabilidade orçamentária em Washington", disse Geithner em discurso na capital americana.

O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, descartou categoricamente nesta quarta-feira a ampliação do dispositivo que concede reduções fiscais à faixa mais rica da população, aprovado durante o governo precedente.  Foto:Alex Wong/AFP

Em Washington, se debate intensamente a questão das reduções de impostos para a faixa mais rica da população concedidas pelo presidente George W. Bush (2001-2009).

As reduções devem expirar no final do exercício fiscal 2010-2011, que tem início no dia 1º de outubro, e o governo já anunciou que não irá renová-las.

Mas os republicanos, visando as eleições de novembro, fazem uma intensa campanha para manter as reduções de impostos para os mais ricos.

Geithner defende as reduções para a classe média adotadas pelo governo de Barack Obama em 2009.

Em sua opinião, manter as reduções para os mais ricos "será um erro que custará 700 bilhões de dólares" no momento em que o país tem um déficit de 1,47 trilhão de dólares.
Cielo tem lucro líquido de R$457,7 mi no 2o trimestre

Cielo tem lucro líquido de R$457,7 mi no 2o trimestre

da Reuters, em São Paulo

A Cielo divulgou lucro líquido de 457,7 milhões de reais no segundo trimestre, contra 364,8 milhões de reais um ano antes.

O Ebitda ajustado --sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação-- foi de 735,3 milhões de reais no período, ante 582,9 milhões de reais no segundo trimestre de 2009.
BNDES empresta R$614 mi à Cosan para investimentos da Rumo

BNDES empresta R$614 mi à Cosan para investimentos da Rumo

da Reuters, em São Paulo

A Cosan obteve por meio de sua subsidiária Cosan Operadora Portuária a aprovação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de um financiamento de 614 milhões de reais para a Rumo Logística.

Em comunicado enviado ao mercado nesta quarta-feira, o maior grupo sucroalcooleiro do país informou que o financiamento será destinado a investimentos na adequação dos terminais portuários da Rumo localizados em Santos e na construção de um terminal logístico em Itirapina.

A Rumo Logística também prevê investimentos na malha ferroviária entre as duas cidades paulistas que se encontra sob concessão da ALL.

Os 614 milhões de reais se somam a outros 372,5 milhões de reais já aprovados pelo BNDES em dezembro de 2009. Também está previsto um aumento de capital de 400 milhões de reais, garantindo a totalidade dos recursos para o plano de investimentos de aproximadamente 1,2 bilhão de reais da Rumo.
EUA liberam injeção de cimento em poço; BP diz que começa trabalhos

EUA liberam injeção de cimento em poço; BP diz que começa trabalhos

da EFE, em Washington

O Governo americano autorizou hoje a injeção de cimento no poço danificado da BP no Golfo do México, próxima fase dos trabalhos para vedar o poço, que começa nesta quinta-feira, segundo a companhia.

A autorização foi dada pelo almirante da reserva Thad Allen, responsável pela resposta dos Estados Unidos ao vazamento de petróleo no Golfo, depois do término da injeção de lama pesada no poço.

O almirante disse que não aceitará "de nenhuma maneira" que a execução deste procedimento atrase os trabalhos de escavação do poço alternativo, considerado como a solução definitiva para conter o vazamento.

Após receber a autorização de Allen, a BP anunciou em comunicado que as operações para introduzir o cimento começarão nesta quinta-feira.

O cimento será usado para cobrir de maneira firme a lama pesada injetada pela BP no poço para empurrar o petróleo.

A última fase da operação para fechar o poço danificado será feita por meio do poço alternativo, por meio do qual haverá uma nova injeção de lama pesada e cimento.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Indústria se acomoda e reforça expectativa com fim do aperto monetário

Indústria se acomoda e reforça expectativa com fim do aperto monetário

do Valor Online

O resultado da produção industrial brasileira - queda de 1% ante maio, como anunciou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) - ficou próximo da expectativa do mercado, sinaliza acomodação para instituições financeiras e consultorias e tende a confirmar a perspectiva de que o ciclo de aperto monetário está perto de ser concluído pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

Thaís Zara, economista-chefe da Rosenberg Consultores Associados, projeta retomada da produção industrial "na margem" em julho, considerando a retração confirmada em junho dentro do previsto.

"Acredito que a Selic ainda terá mais uma elevação em setembro, mas sob influência maior do cenário externo do que por fatores domésticos. Até a próxima decisão do Copom, ainda teremos mais um resultado de produção industrial, de julho, e ele deve ser positivo. É fato que a inflação segue recuando por influência dos alimentos. Mas a perspectiva de atividade não tão forte lá fora tende a reforçar a tese de que o ciclo de aperto monetário está se aproximando do final", explica a economista.

A LCA Consultores comenta, em relatório, que o resultado da produção industrial de junho "corrobora a percepção de perda de dinamismo da atividade econômica, reforçando a avaliação de que o ciclo de elevação da taxa de juros está bastante próximo do fim".

A consultoria alerta, porém, que o resultado deve ter sido influenciado negativamente pela Copa do Mundo de futebol. De acordo com um estudo econométrico desenvolvido pela LCA, o evento esportivo tende a mudar a sazonalidade da produção industrial, fazendo com que o indicador fique, nos meses de junho, cerca de 1,3% abaixo do seu nível "normal".

"Por ora, mantemos inalterada nossa projeção para a produção industrial em 2010, de 11,5%. Este número corresponde a um crescimento marginal médio de 0,4% por mês no segundo semestre - bastante abaixo das médias verificadas ao longo de 2009 (+1,5%) e no 1º trimestre de 2010 (+2%). Para 2011, nossa projeção é de crescimento de 3,5%", informa a LCA.

André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos, concorda que o resultado da produção industrial, divulgado nesta manhã pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra desaceleração.

"A queda de 1% em junho, quando a Copa do mundo ´roubou´ alguns dias de trabalho, evidenciou que a atividade estacionou", comenta Perfeito, que não vê os dados como negativos. "Se por um lado a atividade desacelerou agora, não será surpresa vermos a produção de julho com alta expressiva. Afinal, é só reocupar a atividade dos dias parados para termos, em conjunto, um produto maior", conclui o economista.
Segundo IBGE, Copa do Mundo prejudicou produção Industrial

Segundo IBGE, Copa do Mundo prejudicou produção Industrial

LUIZ ANTÔNIO PENNA
do Universo Econômia

A produção industrial brasileira acumula perda de 2,0% depois de três quedas sucessivas, em abril, maio e junho, nas comparações mês a mês. No mês passado, a queda da produção foi de 1,0% em relação a maio, a menor redução desde dezembro de 2008, período de auge da crise econômica mundial, quando a queda foi de 12,2%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (3/8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

Entre as quatro categorias pesquisadas pelo IBGE, os bens de consumo durável tiveram a maior queda em junho (-3,2%). Bens de capital tiveram a primeira perda desde março de 2009 (-2,1%) e bens intermediários, a primeira redução na produção desde fevereiro deste ano (-0,7%). Os bens de consumo semiduráveis e não duráveis também tiveram a terceira perda consecutiva (-0,8%).

“O menor ritmo de junho já vinha sendo observado em maio e abril, quando o setor industrial já mostrava uma acomodação no seu ritmo produtivo. Para esse mês [junho], especificamente, esse perfil de queda, que se dá na maior parte dos segmentos industriais, pode estar diretamente relacionado a alguns fatores como estoques mais elevados em determinados segmentos industriais e um menor ritmo em função da Copa do Mundo [devido à paralisação das atividades no horário dos jogos do Brasil], afirmou o gerente de Análise e Estatísticas Derivadas do IBGE, André Macedo.

Apesar das perdas acumuladas em relação a março deste ano (quando a produção industrial foi recorde), o IBGE considera que a indústria ainda trabalha em patamares superiores aos de janeiro e fevereiro deste ano. Por isso, mesmo com as quedas consecutivas (na comparação mês a mês), o segundo trimestre deste ano teve um aumento de 1,4% na produção em relação ao primeiro trimestre.

“Essa queda acumulada dos três últimos meses, com uma perda de 2,0% nesse período, precisa ser relativizada. Em março, o setor industrial atingiu seu ponto mais elevado, o que ajuda a entender um pouco esse menor ritmo em junho e nos dois meses anteriores”, disse Macedo.

Segundo o IBGE, a produção acumulada no primeiro semestre deste ano teve o maior crescimento desde o início da série histórica do instituto, em 1991. A expansão no primeiro semestre deste ano foi de 16,2%, em relação ao primeiro semestre de 2009.

André Macedo alerta, no entanto, que o bom resultado do primeiro semestre de 2010 é explicado, em parte, pelo desempenho dos seis primeiros meses de 2009, quando a produção industrial teve uma forte queda devido à crise econômica mundial.
Santanna descarta fechar capital da Telebrás

Santanna descarta fechar capital da Telebrás

da Agência Estado

O presidente da Telebrás, Rogério Santanna, reafirmou que o governo pretende colocar a empresa nos melhores níveis de governança corporativa do mercado acionário brasileiro e, no longo prazo, chegar até o chamado Novo Mercado. Santanna não deu prazo para isso e afirmou que a realização desse projeto depende de estudos que "não existem ainda. Mas é um objetivo".

Antes do chamado Novo Mercado, a Bolsa de Valores de São Paulo tem os chamados níveis um e dois, com diferentes critérios de transparência. Para atingir o topo, que é chamado de Novo Mercado, a Telebrás terá que "limpar" do mercado suas ações preferenciais, já que a principal característica desse nível de governança é que as empresas só podem ter papéis ordinários, ou seja, com direito a voto.

Ontem, 19% do capital da Telebrás é formado por ações preferenciais, que não dão direito a voto. Dentre os papéis ordinários, a União tem 89% de participação. Ao comentar a intenção de elevar a governança da empresa, Santanna descartou a possibilidade de fechar o capital da Telebrás.
Entrevista com Belo Monte, Sinobras eleva produção de aço em 20%

Entrevista com Belo Monte, Sinobras eleva produção de aço em 20%

da Reuters, em São Paulo

A Sinobras prevê elevar em 20 por cento a produção de aço em sua fábrica de Marabá (PA), após o início das operações da hidrelétrica de Belo Monte, sem realizar nenhum investimento em siderurgia.

Atualmente, a Sinobras --Siderúrgica Norte Brasil-- produz 300 mil toneladas de vergalhões de aço longo por ano. Todo o material é destinado ao mercado interno.

A siderúrgica tem 1 por cento do consórcio Norte Energia, que venceu a licitação de Belo Monte, e atuará como autoprodutora ao lado da Gaia Participações. O único desembolso da companhia, que faz parte do grupo Aço Cearense, será 1 por cento da hidrelétrica, afirmou à Reuters nesta terça-feira o vice-presidente da Sinobras, Ian Corrêa, por telefone.

Se o valor previsto da obra pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), de 19 bilhões de reais, se concretizar, a Sinobras deverá investir 190 milhões de reais em Belo Monte.

"Temos algumas linhas de financiamento junto ao BNDES e utilizaremos o caixa da empresa. Não teremos problemas quanto a isso", informou Corrêa.

De acordo com o executivo, a Sinobras consome atualmente 50 megawatts (MW) de energia por mês, fornecida pela distribuidora Companhia de Energia Elétrica do Pará (Celpa). "A cidade de Marabá consome 42 MW mensais", comparou Corrêa. Tamanho é o consumo de energia, que faz com que a Sinobras tenha que desligar diariamente seus fornos entre 18h30 e 21h30, horário de pico de consumo.

"A energia de Belo Monte vai suprir nossa demanda e permitir que os fornos funcionem 24 horas por dia... A produção (de aço) vai aumentar em cerca de 20 por cento sem fazermos nenhuma ampliação."

Apesar de uma capacidade média de 11 mil MW, Belo Monte vai gerar 4,571 MW médios, por não possuir reservatório.

Dessa forma, toda a energia que irá para a Sinobras será destinada ao funcionamento permanente dos fornos da companhia. "Belo Monte é exclusivo para Marabá. Podemos repetir a estratégia e entrar em outra concessão. Mas também podemos, no longo prazo, comprar energia de outras empresas do grupo", afirmou Corrêa.

Para receber a energia de Belo Monte, a Sinobras usará a rede da Celpa. Segundo Corrêa, a ideia de entrar no consórcio Norte Energia ocorreu após o leilão, realizado em abril.

DEZOITO SÓCIOS

A venda da usina de Belo Monte, no Rio Xingu, foi cercada de muita polêmica e ainda desperta protestos de ambientalistas.

Após alterações na composição inicial, o consórcio Norte Energia é formado por 18 empresas. A Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf), a holding Eletrobras e sua subsidiária Eletronorte formam o braço estatal do grupo. As três juntas possuem 49,98 por cento do empreendimento.

Outros sócios com participações relevantes na sociedade são o fundo de pensão da Petrobras Petros e a Bozano Participações, com 10 por cento cada um, enquanto a Gaia Participações detém 9 por cento.

A primeira fase da usina deve entrar em operação em 2015.
BP inicia operação de vedação definitiva do poço no Golfo do México

BP inicia operação de vedação definitiva do poço no Golfo do México

da EFE, em Washington

A BP iniciou a operação de vedação definitiva de seu poço danificado no Golfo do México após concluir com sucesso os testes prévios.

O objetivo da empresa é frear um vazamento que já despejou 4,9 milhões de barris de petróleo no mar.

O porta-voz da BP, John Barnes, confirmou em comunicado que as equipes que trabalham na vedação começaram a operação por volta das 18h (hora de Brasília).

A operação consiste em empurrar o petróleo do poço para seu local de origem por meio da injeção de cimento e lama pesada. Caso não haja contratempos, o poço pode ser vedado ainda nesta semana.

A BP iniciaria ontem os testes prévios à operação, mas adiou seus planos depois de descobrir um pequeno vazamento hidráulico em um dos sistemas de controle.

O coordenador do Governo americano na luta contra o vazamento, o almirante da reserva Thad Allen, disse hoje em entrevista coletiva em Houston que as equipes conseguiram interromper o vazamento e começaram os testes por volta das 16h de Brasília.

Depois, teve início a operação de vedação, que pode se estender por entre 33 e 61 horas.

"Ainda não sabemos quanta lama pesada será necessário injetar", disse Allen, ao explicou que isso dependerá das "condições do poço", cuja resistência além do fundo do mar é difícil de prever.

No começo da operação, os engenheiros injetarão apenas um barril de lama pesada por minuto. Em função da resposta no poço, a quantidade aumentará até dois e três barris por minuto, explicou Allen.

Segundo o almirante da reserva, a partir dos 300 barris injetados, será possível avaliar o desempenho da operação.

Ainda não se sabe se a injeção de lama pesada e cimento será o suficiente para vedar definitivamente o poço.

Na segunda-feira, o vice-presidente executivo da BP, Kent Wells, afirmou que os dois poços auxiliares que a companhia está construindo podem não ser necessários caso a injeção tenha êxito.

No entanto, as autoridades federais americanas advertiram que os poços auxiliares podem ser a única forma de garantir que o petróleo fique em seu depósito original, a quatro mil metros de profundidade.

"Este desastre não estará verdadeiramente terminado até que contemos com esses poços", afirmou hoje Allen.

Por enquanto, a BP se comprometeu a terminar a construção de pelo menos um dos poços auxiliares.
Bird empresta US$ 326 milhões para melhorias em rodovias paulistas

Bird empresta US$ 326 milhões para melhorias em rodovias paulistas

da AFP, em Washington

O Banco Mundial (Bird) anunciou um empréstimo de 326,8 milhões de dólares para melhorar o sistema de rodovias do estado de São Paulo.

O empréstimo financiará a recuperação de 1.900 km de estradas, o que contribuirá para reduzir os custos de transporte e a duração das viagens no estado que é o motor da atividade econômica brasileira, indicou um comunicado.

O Banco Mundial (Bird) anunciou nesta terça-feira um empréstimo de 326,8 milhões de dólares para melhorar o sistema de rodovias do estado de São Paulo.  Foto:Orlando Kissner/AFP
O Banco Mundial (Bird) anunciou um empréstimo de 326,8 milhões de
dólares para melhorar o sistema de rodovias do estado de São Paulo.



O projeto de reabilitação de vias "será substancialmente reforçado com este financiamento adicional, aumentando a eficiência do sistema de rodovias e o crescimento do estado, facilitando o movimento das pessoas e o fluxo de produtos", disse o governador de São Paulo, Alberto Goldman.

O Bird já tinha dado em agosto de 2009 um primeiro empréstimo, de 167 milhões de dólares, que permitiu recuperar 800 km de rodovias.

Desde 1952, o Bird investiu 4,6 bilhões de dólares no estado de São Paulo, informou o comunicado.
TIM obteve lucro líquido de R$ 106,7 milhões no segundo trimestre

TIM obteve lucro líquido de R$ 106,7 milhões no segundo trimestre

da EFE, em São Paulo

A operadora de telefonia celular TIM obteve no segundo trimestre do ano um lucro líquido de R$ 106,7 milhões, que reverteu as perdas no mesmo período de 2009, segundo a companhia divulgou hoje.

Entre abril e junho, a operadora registrou perdas de R$ 15,2 milhões de reais, enquanto o índice Ebitda chegou a R$ 886,6 milhões, que representam um aumento de 16,1% com relação ao segundo trimestre do ano anterior.

A empresa aposta na expansão do serviço de terceira geração para as classes populares, com o propósito de consolidar assim seus resultados no segundo trimestre.

"Pode ser uma forma inovadora de oferecer uma experiência para clientes que já usam internet, mas que não têm acesso próprio e acostumam ir a lan houses", disse o presidente da TIM Brasil, Luca Luciani.

A companhia tem previsto para 2010 investimentos de aproximadamente R$ 2,5 bilhões, 60% desse número calculado para o segundo semestre.

Luciani descartou qualquer tipo de fusão ou aquisição de outras companhias como resposta aos recentes movimentos societários no setor.
Vendas nos EUA dos principais fabricantes de automóveis sobem em julho

Vendas nos EUA dos principais fabricantes de automóveis sobem em julho

da EFE, em Washington

As vendas de automóveis nos Estados Unidos em julho experimentaram outro aumento frente ao mesmo período no ano passado, o que permitiu que a demanda da General Motors, da Ford e da Chrysler crescesse cerca de 5%.

Apenas a Toyota e a Honda registraram perdas durante o mês. A Toyota anunciou que suas vendas caíram 6,8% em comparação com 12 meses atrás, enquanto a Honda registrou uma queda de 5,6%.

Apesar da alta das vendas em julho e o previsível aumento da demanda em agosto, os especialistas estimam que depois de setembro, com o fim do verão no hemisfério norte, a incerteza da economia americana afetará o setor novamente.


Vendas nos EUA dos principais fabricantes de automóveis sobem em julho


O sul-coreana Hyundai, um dos grandes ganhadores do mês após alcançar seu melhor resultado em julho e pela quarta vez vender mais de 50 mil veículos nos Estados Unidos, afirmou que este é o segundo mês consecutivo que a confiança do consumidor caiu no país.

Os analistas da empresa J.D. Power já tinham previsto que a alta das vendas em julho seria consequência do "ligeiro aumento em incentivos visíveis, o que é esperado nesta época do ano".

Neste contexto, o Grupo Ford seguiu sua tendência de alta, com um aumento das vendas de 4,6%, para um total de 166.092 veículos, enquanto a General Motors (GM) melhorou este número, com uma alta de 5,4% em comparação com o mesmo mês de 2009, graças à venda de 199.692 automóveis.

A Ford, o único dos três grandes fabricantes americanos que não precisou de ajudas públicas no ano passado, foi até agora o que apresentou melhores resultados. Com os resultados de julho, o grupo ganhou fração de mercado 21 vezes nos últimos 22 meses.

"Os clientes estão recompensando a Ford por proporcionar-lhes o rendimento que querem e a economia de combustível que necessitam", afirmou, por meio de um comunicado, Ken Czubay, vice-presidente de Marketing e Vendas da Ford nos EUA.

A Ford finalizou esta semana a venda da marca sueca Volvo à empresa chinesa Geely, por US$ 1,8 bilhão.

A Volvo disse que suas vendas na América do Norte caíram 32,9% frente a julho de 2009, com a venda de 4.319 veículos no mês passado.

Por sua parte, a GM informou que julho foi o 10º mês consecutivo em que tanto as vendas totais quanto as vendas a particulares aumentaram em comparação com o mesmo período do ano anterior.

"Nossos resultados de julho refletem novamente que cada uma de nossas marcas contribuiu de forma significativa com nosso lucro", explicou, em um comunicado, o vice-presidente de Vendas nos EUA da GM, Don Johnson.

Das quatro marcas nas quais a GM é dividida, a Cadillac experimentou um aumento das vendas de 141,8%, a Buick, de 136,6%, a GMC, de 27,2% e a Chevrolet, de 12%.

Já o Grupo Chrysler anunciou que suas vendas também cresceram 5%. As quatro marcas do grupo (Chrysler, Dodge, Jeep e Ram) venderam um total de 93.313 veículos.

As vendas do grupo Toyota (composto pelas divisões Toyota e Lexus) somaram 169.224 unidades, enquanto o grupo Honda (Honda e Acura) vendeu 112.437 veículos.

Mas a que registrou um maior lucro no mês foi a Hyundai, que teve em julho seu segundo melhor mês de vendas nos EUA em toda sua história, depois de vender 54.106 veículos, 19% a mais que há um ano.

Esta é a quarta vez na história da empresa que ela ultrapassa a barreira dos 50 mil veículos no país.

O novo modelo Sonata foi o grande ganhador do mês, com a venda de 17.836 unidades, frente às 13.381 alcançadas pela versão anterior do modelo no mesmo mês em 2009.

Neste ano, as vendas de Hyundai subiram 24%.

"Embora a confiança dos consumidores tenha caído pelo segundo mês consecutivo, a Hyundai segue resistindo a esta tendência. A demanda segue superando de forma significativa a disponibilidade de nossos produtos nas concessionárias", afirmou Dave Zuchowski, vice-presidente de Hyundai nos EUA.

A também sul-coreana Kia anunciou um aumento da demanda de 20,7% frente a junho de 2009 e a venda de 35.419 veículos. Este é o segundo melhor mês de vendas da Kia em sua história no país.

Neste ano, as vendas da Kia somaram 205.488 veículos, um aumento de 16,3%.

Entre os fabricantes alemães, a Mercedes-Benz vendeu 18.048 veículos, o que representa uma alta de 11,2%. Neste ano, a empresa alemã experimentou um aumento da demanda de 23,4%.

As vendas do grupo Volkswagen também aumentaram no mês passado, em 16%, com a venda de 23.800 unidades. A empresa alemã disse que este é o 13º mês consecutivo de aumentos mensais da demanda. Neste ano, as vendas da Volkswagen subiram 27,5%.
Aneel aprova reajustes na conta de luz para consumidores do PA, ES e SC

Aneel aprova reajustes na conta de luz para consumidores do PA, ES e SC

da Agência Brasil

A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica aprovou os índices de reajustes anuais das empresas Centrais Elétricas do Pará (Celpa), Jari Celulose, Espírito Santo Centrais Elétricas (Escelsa) e Celesc Distribuição e Iguaçu Distribuidora de Energia (Ienergia). Todos os reajustes começam a valer no dia 7 de agosto.

A Celpa, que atende 1,7 milhão de unidades consumidoras localizadas em 143 municípios do Pará, terá reajuste médio residencial de 10,94% e industrial de 10,47%. O reajuste da Jari, que possui 2,3 mil unidades consumidoras no estado, será de 8,69% para as residências e para as indústrias.

Os consumidores residenciais atendidos pela Escelsa terão reajuste negativo de 0,58%. Já as indústrias terão seus índices reajustados entre 0,39% e 1,36%. As novas tarifas atingem 1, 1 milhão de consumidores dos 70 municípios do Espírito Santo atendidos pela distribuidora.

As unidades residenciais atendidas pela Celesc vão ter um reajuste médio de 8,94% e as industriais de 10,89%. A Celesc atende 2,3 milhões de unidades consumidoras localizadas em 260 municípios de Santa Catarina e um no Paraná. A distribuidora Iguaçu, que possui 29 mil unidades consumidoras em Santa Catarina, teve aprovado um reajuste médio de 10,39% para as residências e de 15,52% para as indústrias.
Votorantim assume controle da mineradora peruana Milpo

Votorantim assume controle da mineradora peruana Milpo

da EFE, no Rio de Janeiro

O grupo Votorantim anunciou naterça-feira em comunicado que assumiu o controle da mineradora peruana Milpo, terceira maior produtora de zinco do Peru, depois de pagar US$ 420 milhões para ficar com 50,02% das ações da companhia.

A aquisição foi realizada pela Votorantim Metais por meio de uma oferta pública de compra de ações realizada na Bolsa de Valores de Lima, segundo o comunicado divulgado pelo grupo.

Antes da operação, a Votorantim tinha 34% das ações da mineira peruana.


Votorantim assume controle da mineradora peruana Milpo


"O investimento está alinhado com a estratégia de internacionalização do grupo", afirmou o presidente do conselho de administração da Votorantim Participações, Carlos Ermírio de Moraes, citado no comunicado.

O grupo começou a adquirir ações da Milpo em 2005. Até 2008, já havia investido US$ 288 milhões na companhia peruana.

A Milpo opera quatro minas no Peru, três de diversos metais e uma de cobre, assim como uma mina no Chile, de onde também extrai cobre.

Desde que entrou no mercado peruano, em 2004, a Votorantim Metais diz ter investido US$ 1,5 bilhão no país.

Com 17 unidades de produção no Brasil, Estados Unidos, China e Peru, a Votorantim Metais é a terceira maior produtora de zinco do mundo, a maior fabricante de níquel eletrolítico da América Latina e líder no mercado brasileiro de alumínio.
Solidez da economia brasileira convive com ameaças

Solidez da economia brasileira convive com ameaças

da EFE, em São Paulo

Em meio a um período de crescimento sólido, a economia brasileira afastou a crise com rapidez, mas as deficiências do sistema tributário, o frágil desenvolvimento tecnológico e a revalorização do real, que diminui a competitividade das exportações, ameaçam seu futuro.

A economia brasileira cresceu 9% no primeiro trimestre deste ano e o Governo prevê uma expansão do Produto Interno Bruto (PIB) próxima a 6,5% neste ano, projeção que a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) eleva para 7,5%.

O diretor do departamento de pesquisas e estudos econômicos (Depecon) da Fiesp, Paulo Francini, considera que a criação de 1,47 milhão de novos postos de trabalho no primeiro semestre do ano e a ampliação contínua do crédito, devido em parte às medidas anticrise do Governo, levaram a um "fortalecimento do mercado interno".

Em entrevista à Agência Efe, Francini destacou que o Brasil evitou erros judiciais estruturais em seu sistema financeiro, que permanece "íntegro e muito regulado", e assegurou que "o problema era de crédito". Por isso, todos os segmentos econômicos que dependem dos fluxos de dinheiro foram duramente atingidos pela crise.

Francini deu como exemplos a indústria automobilística, que "sofreu uma freada forte", e a queda de 30% nas exportações brasileiras de produtos manufaturados como consequência da contração do comércio internacional.

"O setor mais afetado, que é a indústria, é também o que mais se recupera", disse o diretor do Depecon, ao acrescentar que as previsões de crescimento da indústria para este ano superam 11%.

Segundo dados divulgados hoje, a produção industrial teve uma expansão de 16,2% no primeiro semestre deste ano.

Os dados nacionais mostram que a recessão é coisa do passado, mas por trás da recuperação econômica se escondem fragilidades que podem prejudicar o crescimento macroeconômico e o desenvolvimento do país.

Francini apontou problemas no sistema tributário, que chamou de "confuso" e "disfuncional" e que em sua opinião precisa de "reforma total", já que as empresas dedicam "muito tempo e recursos humanos" para fazer o cálculo de seus impostos.

A falta de formação também é um dos pontos que podem ter um efeito negativo para o futuro da economia, segundo Francini, para quem o ensino básico está coberto, mas é de "baixa qualidade".

O diretor do Depecon também mencionou fraquezas no desenvolvimento tecnológico.

Além disso, o firme processo de revalorização do real, que foi interrompido pela crise e retomou a tendência de alta a partir do segundo trimestre de 2009, está diminuindo a competitividade das exportações brasileiras.

Francini disse que o Brasil pode se ver em uma situação parecida à chamada 'doença holandesa', expressão que se aplica à valorização da moeda local por excedente de divisas e que pode levar a uma perda de competitividade nos mercados internacionais.

O Brasil obteve um superávit comercial de US$ 1,358 bilhão em julho, dado que representa uma queda de 51,2% frente ao mesmo mês do ano passado.

No acumulado do ano, a diferença entre exportações e importações teve saldo positivo de US$ 9,237 bilhões, 45,1% a menos do que nos sete primeiros meses de 2009.

Também não é positivo o volume da economia formal, que representa 18,4% do PIB nacional segundo um recente estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV).

No entanto, na opinião de Francini, o Brasil caminha na direção certa e o "espaço para a informalidade (econômica) está sendo reduzido de forma contínua".
Serviços SAC: Dificuldade de cancelamento é dificil

Serviços SAC: Dificuldade de cancelamento é dificil

FERNANDO MARQUES
editor de Econômia, da Agência Universo de Noticias
do Universo Econômia




Cancelar algo utilizando SAC é dificil, os números de clientes que tentam realizar um cancelamento e não conseguem vem só aumentando. Cresceu no primeiro semestre deste ano e já corresponde a 34,21% do total de reclamações recebidas pela área de defesa do consumidor do Ministério da Justiça, relativas aos call centers.

"Isso é muito preocupante, porque o aumento de reclamações se deu no setor financeiro", afirma Juliana Pereira, do ministério. O balanço de um ano e meio da nova lei dos call centers mostrou, porém, que houve uma melhora no atendimento dos SACs de empresas de telefonia, disse ela.
Itaú e Unibanco tem lucro recorde

Itaú e Unibanco tem lucro recorde

LUIZ ANTÔNIO PENNA
do Universo Econômia

O lucro do Itaú Unibanco aumentou 39,6% para o recorde de 6,4 mil milhões de reais no primeiro semestre, em relação ao mesmo período de 2009.

Se trata do melhor resultado do sector bancário no Brasil para os seis primeiros meses do ano, sendo que o recorde anterior era do próprio Itaú, em 2009.

Contribuiu para o resultado o aumento dos empréstimos da instituição, que ascenderam a 296,2 mil milhões de reais (128,78 mil milhões de euros), 11,4 por cento mais do que no mesmo período de 2009.



O destaque desse segmento foi o aumento dos financiamentos em cartão de crédito e para aquisição de imóveis e de automóveis, salientou a instituição num comunicado.

No segundo trimestre, o lucro da instituição financeira foi de 3,17 mil milhões de reais, 23,1% acima do registado no mesmo período do ano passado.

Os ativos consolidados do banco ascenderam a 651,6 mil milhões de reais, a 30 de Junho, um aumento de 9,3% em relação ao mesmo período de 2009.

O Itaú Unibanco terminou o primeiro semestre com 105.847 empregados e 36.871 postos de atendimento, incluindo agências e caixas eletrônicos.
Senado reconduz Chinaglia e Carvalho ao Cade

Senado reconduz Chinaglia e Carvalho ao Cade

da Agência Estado

O plenário do Senado aprovou a recondução de Olavo Chinaglia e Vinícius Marques de Carvalho ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A votação garante a prorrogação por mais dois anos dos mandatos de Chinaglia e Carvalho no órgão, que julga os processos de concentração econômica e denúncias de formação de cartéis

Os julgamentos no Cade corriam risco de ficar sem quorum porque os mandatos de três conselheiros estavam vencendo. No final de junho, os senadores aprovaram a recondução do conselheiro Carlos Emmanuel Ragazzo, mas a votação das mensagens referentes aos mandatos de Chinaglia e Carvalho ficou para depois do recesso.

Formado em Direito pela Universidade de São Paulo (USP), Chinaglia - filho do ex-presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP) - ingressou no Cade em 2008. Ele é doutor em Direito Comercial pela USP e especialista em Direito Empresarial pela Escola Paulista de Magistratura. Vinícius Carvalho é advogado, com doutorado em Direito Comercial.
Obama congela gratificações e pagamentos extras a cargos políticos

Obama congela gratificações e pagamentos extras a cargos políticos

da EFE, em Washington

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, congelou as gratificações e os pagamentos extras aos membros do Governo que não são funcionários de carreira, mas nomeações políticas, como medida de austeridade, informou hoje a Casa Branca.

"Como todos os lares e todos os negócios nos EUA, o Governo federal também está ajustando o cinto", justificou Obama, em um texto dirigido nesta terça-feira a diretores de agências e departamentos federais.

A medida foi interpretada por alguns veículos de comunicação americanos, como a rede de televisão "CNBC", como uma medida para demonstrar aos cidadãos que seu Governo não utiliza os impostos para premiar cargos políticos enquanto eles estão ajustando seu orçamento familiar por causa da crise econômica.

Obama anunciou a decisão três meses antes das eleições legislativas no país, que acontecerão no dia 2 de novembro.

"Em um momento em que tantas famílias americanas lutam para chegar ao fim do mês, quero assegurar que o Governo federal gaste o dinheiro dos contribuintes sábia e cuidadosamente e reduza as despesas onde puder", disse o presidente.

A medida estará em vigor até 30 de setembro de 2011, quando termina o próximo ano fiscal nos EUA.
Anac: Gol usará 5 aviões maiores para regularizar voos

Anac: Gol usará 5 aviões maiores para regularizar voos

da Agência Estado

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou que a companhia aérea Gol/Varig usará cinco aeronaves de fretamento como o Boeing 767, com capacidade para cerca de 230 passageiros, para regularizar os voos atrasados e cancelados da empresa. O plano foi apresentado pelo diretor de Operações da companhia. A frota atual da companhia conta com aeronaves que acomodam entre 140 e 178 passageiros. A empresa também se comprometeu a apresentar relatórios semanais à Anac sobre a quantidade de horas de trabalho dos tripulantes.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou nesta terça-feira que a companhia aérea Gol/Varig usará cinco aeronaves de fretamento como o Boeing 767, com capacidade para cerca de 230 passageiros, para regularizar os voos atrasados e cancelados da empresa.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou que a companhia
aérea Gol/Varig usará cinco aeronaves de fretamento como o Boeing 767,
com capacidade para cerca de 230 passageiros, para regularizar os voos atrasados
e cancelados da empresa.



Segundo a agência, a empresa informou que, em julho, ao implantar uma melhoria no sistema, "ocorreu o problema e foram gerados dados incorretos que culminaram no planejamento inadequado da malha aérea e da jornada de trabalho dos tripulantes. Por essa razão, foi adotada novamente a configuração de escala do mês anterior".

Passageiros que compraram bilhetes da Gol sofreram com atrasos e cancelamentos. A empresa atribuiu os atrasos a um "pico de movimento em razão do retorno das férias escolares" e à implantação de uma nova escala de funcionários. "Na ocasião, algumas tripulações atingiram o limite de horas de jornada de trabalho previsto na regulamentação da profissão e foram impossibilitadas de seguir viagem, gerando um efeito em cadeia", informou a empresa por meio de nota.

Dos 784 voos previstos pela Gol entre a meia-noite e 22 horas, 408 (52%) registraram atrasos e 99 (12,6%) foram cancelados. Hoje, desde a zero hora até as 19 horas, a companhia registrava atrasos em 258 (36,7%) das 703 partidas programadas e 52 (7,4%) cancelamentos, segundo dados da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).

Em nota, a Gol informou que continua trabalhando para normalizar a situação de seus voos. "A empresa tem mantido contato com representantes da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para informar as ações que está tomando para garantir o bom atendimento aos clientes".
Solidez da economia brasileira convive com ameaças

Solidez da economia brasileira convive com ameaças

da EFE, em São Paulo



Em meio a um período de crescimento sólido, a economia brasileira afastou a crise com rapidez, mas as deficiências do sistema tributário, o frágil desenvolvimento tecnológico e a revalorização do real, que diminui a competitividade das exportações, ameaçam seu futuro.

A economia brasileira cresceu 9% no primeiro trimestre deste ano e o Governo prevê uma expansão do Produto Interno Bruto (PIB) próxima a 6,5% neste ano, projeção que a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) eleva para 7,5%.

O diretor do departamento de pesquisas e estudos econômicos (Depecon) da Fiesp, Paulo Francini, considera que a criação de 1,47 milhão de novos postos de trabalho no primeiro semestre do ano e a ampliação contínua do crédito, devido em parte às medidas anticrise do Governo, levaram a um "fortalecimento do mercado interno".

Em entrevista à Agência Efe, Francini destacou que o Brasil evitou erros judiciais estruturais em seu sistema financeiro, que permanece "íntegro e muito regulado", e assegurou que "o problema era de crédito". Por isso, todos os segmentos econômicos que dependem dos fluxos de dinheiro foram duramente atingidos pela crise.

Francini deu como exemplos a indústria automobilística, que "sofreu uma freada forte", e a queda de 30% nas exportações brasileiras de produtos manufaturados como consequência da contração do comércio internacional.

"O setor mais afetado, que é a indústria, é também o que mais se recupera", disse o diretor do Depecon, ao acrescentar que as previsões de crescimento da indústria para este ano superam 11%.

Segundo dados divulgados hoje, a produção industrial teve uma expansão de 16,2% no primeiro semestre deste ano.

Os dados nacionais mostram que a recessão é coisa do passado, mas por trás da recuperação econômica se escondem fragilidades que podem prejudicar o crescimento macroeconômico e o desenvolvimento do país.

Francini apontou problemas no sistema tributário, que chamou de "confuso" e "disfuncional" e que em sua opinião precisa de "reforma total", já que as empresas dedicam "muito tempo e recursos humanos" para fazer o cálculo de seus impostos.

A falta de formação também é um dos pontos que podem ter um efeito negativo para o futuro da economia, segundo Francini, para quem o ensino básico está coberto, mas é de "baixa qualidade".

O diretor do Depecon também mencionou fraquezas no desenvolvimento tecnológico.

Além disso, o firme processo de revalorização do real, que foi interrompido pela crise e retomou a tendência de alta a partir do segundo trimestre de 2009, está diminuindo a competitividade das exportações brasileiras.

Francini disse que o Brasil pode se ver em uma situação parecida à chamada 'doença holandesa', expressão que se aplica à valorização da moeda local por excedente de divisas e que pode levar a uma perda de competitividade nos mercados internacionais.

O Brasil obteve um superávit comercial de US$ 1,358 bilhão em julho, dado que representa uma queda de 51,2% frente ao mesmo mês do ano passado.

No acumulado do ano, a diferença entre exportações e importações teve saldo positivo de US$ 9,237 bilhões, 45,1% a menos do que nos sete primeiros meses de 2009.

Também não é positivo o volume da economia formal, que representa 18,4% do PIB nacional segundo um recente estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV).

No entanto, na opinião de Francini, o Brasil caminha na direção certa e o "espaço para a informalidade (econômica) está sendo reduzido de forma contínua".
Com maior produção, China reduz importação de minério de ferro

Com maior produção, China reduz importação de minério de ferro

da Reuters, em Pequim

Com crescimento na produção doméstica de minério de ferro, a China conseguiu reduzir suas importações da commotity desde o segundo trimestre, afirmou nesta terça-feira uma autoridade da Associação de Ferro e Aço da China (Cisa, sigla em inglês).

As três grandes produtoras de minério do mundo --a brasileira Vale e as australianas Rio Tinto e BHP Billiton-- já podem ter motivos para lamentar suas políticas de preços, afirmou o vice-presidente da Cisa, Luo Bingsheng.

O executivo acrescentou que a participação das três companhias no mercado chinês caiu "notavelmente" em junho.

A China, que consome cerca da metade da produção mundial de minério de ferro, recebeu um golpe no início do ano quando as mineradoras decidiram abandonar o sistema anual de preços, adotando um esquema trimestral, com o objetivo de tirar vantagem dos crescentes preços no mercado à vista.

Embora o minério chinês tenha menor teor de ferro e sua produção seja mais custosa em relação a outras origens, maiores preços do produto importado estimularam a produção local para 101,5 milhões de toneladas em junho, uma alta de 11,5 por cento em comparação com maio.

Já a importação de minério de ferro caiu 9 por cento em junho, para 47 milhões de toneladas.

Desde abril, um número maior de siderúrgicas de médio e pequeno portes reduziu o volume importado por conta dos preços mais baixos do produto doméstico e por conta de uma queda na demanda por aço, em meio a esforços de Pequim de limitar um superaquecimento do mercado.
BP começa a "sufocar" poço danificado no Golfo do México

BP começa a "sufocar" poço danificado no Golfo do México

da Reuters, em Houston

A BP começou nesta terça-feira a operação de "morte estática" do poço Macondo, no golfo do México, na primeira das duas etapas para a interrupção definitiva do pior vazamento marítimo de petróleo da história.

A operação consiste em injetar lama pesada e, posteriormente, cimento no poço, que já havia sido provisoriamente tampado em meados de julho. Técnicos dizem que o Macondo levará de 33 a 61 horas para ser sufocado.

"A meta desses procedimentos é concretizar a estratégia de matar e isolar o poço, e vai complementar a iminente operação do poço auxiliar", informou a BP.

Esse poço auxiliar, que completará a vedação permanente do Macondo, deve ser concluído até o final de agosto, dependendo das condições climáticas.

A magnitude do vazamento, que começou após a explosão de uma plataforma petrolífera em 20 de abril, ficou plenamente clara na segunda-feira, quando cientistas do governo divulgaram cifras revisadas segundo as quais quase 5 milhões de barris (cerca de 795 milhões de litros) de petróleo jorraram no mar até que o vazamento fosse interrompido, em 15 de julho.

Assim, o acidente superou o vazamento do poço Ixtoc, na baía de Campeche (México), estimado em quase 3 milhões de barris (478 milhões de litros).

O almirante da reserva da Guarda Costeira, Thad Allen, principal autoridade dos EUA envolvida na operação, disse que os engenheiros conseguiram conter um vazamento hidráulico descoberto na segunda-feira na tampa do poço, o que poderia atrapalhar o bombeamento de lama e, depois, de cimento pela parte superior.

Allen disse que os engenheiros estão sendo cuidadosos para não danificar a estrutura já fraca do poço e evitar novos vazamentos. "Não sabemos a condição exata do poço", afirmou Allen. "Essa coisa não estará realmente lacrada até que esses poços auxiliares estejam prontos."

O vazamento, que já vinha sendo considerado o pior na história dos Estados Unidos, causou graves prejuízos econômicos e ambientais na costa sul norte-americana, afetando principalmente os setores de pesca e turismo, e gerando inúmeras ações judiciais contra a BP.

A empresa diz que indenizará queixas legítimas e limpará praias e pântanos atingidos pelo óleo.
Tráfego na Gol cresce 12,2% em julho ante 2009

Tráfego na Gol cresce 12,2% em julho ante 2009

da Reuters, em São Paulo

A companhia aérea Gol informou que o tráfego de passageiros em sua malha subiu 12,2 por cento em julho em relação a igual mês de 2009, um novo recorde de demanda para o mês.

A taxa de ocupação em seus aviões aumentou 2,6 pontos percentuais na mesma base de comparação, para 68,9 por cento.

Considerando apenas os voos domésticos, a demanda teve alta de 5,4 por cento no tráfego em julho deste ano em relação ao mesmo mês do ano passado, e a ocupação ficou em 68,2 por cento.

Em comunicado, a empresa destacou o efeito combinado do melhor cenário econômico no Brasil e na América do Sul, o período de férias escolares e o gerenciamento dinâmico da nova estrutura tarifária.

Já na malha aérea internacional, houve um expressivo aumento de 84,4 por cento no tráfego de passageiros em julho de 2010 em relação ao mesmo mês do ano passado, e a ocupação nos aviões da Gol ficou em 73,8 por cento.

A empresa atribuiu o crescimento na demanda internacional à valorização do real frente ao dólar e à grande procura de voos para Argentina, Chile e Uruguai. No período, a Gol também inaugurou novas rotas para a região do Caribe.
Lucro da Gafisa atinge R$97,3 milhões no 2o trimestre

Lucro da Gafisa atinge R$97,3 milhões no 2o trimestre

da Reuters, em São Paulo

A construtora e incorporadora Gafisa registrou lucro líquido de 97,3 milhões de reais no trimestre encerrado em junho, comparado a ganho de 57,8 milhões de reais em igual período de 2009.

O resultado se compara à média das previsões de seis analistas obtidas pela Reuters de lucro trimestral de 91 milhões de reais.

Entre as empresas do setor imobiliário com ações na carteira teórica do Ibovespa, a Gafisa é a primeira a divulgar o balanço para o período de abril a junho. Mas as demais anunciaram previamente dados operacionais de vendas e lançamentos de imóveis, o que a Gafisa não fez.

Segunda a Gafisa, suas vendas contratadas no segundo trimestre totalizaram 889,8 milhões de reais, contra 835,4 milhões de reais um ano antes. Os lançamentos somaram 1 bilhão de reais, ante 626,3 milhões de reais no mesmo intervalo de 2009.

A receita líquida da empresa foi de 927,4 milhões de reais nos três meses até junho, acima dos 705,8 milhões de reais de igual período do ano passado e comparado à estimativa média de 910 milhões de reais de analistas.

A empresa divulgou Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado de 184 milhões de reais no segundo trimestre, com margem de 19,8 por cento. Um ano antes, o Ebitda foi de 111,3 milhões de reais e a margem ficou em 15,8 por cento.
CCR anuncia aquisição de concessionária SPVias por R$947,2 mi

CCR anuncia aquisição de concessionária SPVias por R$947,2 mi

da Reuters, em São Paulo

A Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR) informou que assinou um acordo para adquirir 73,45 por cento da Rodovias Integradas do Oeste (SPVias) por 947,2 milhões de reais.

De acordo com comunicado da CCR, sua controlada Companhia de Participações em Concessões (CPC) irá comprar 100 por cento das empresas Holding G4, Vialco e Latinoamericana que, juntas, possuem 54,89 por cento da SPVias.

Ainda, o acordo prevê a aquisição de 18,56 por cento da SPVias detidos pela Planova.

"A conclusão da aquisição ora anunciada representa a concretização de mais uma etapa do Planejamento Estratégico do Grupo CCR, visando o crescimento qualificado e agregação de valor aos acionistas e contribuindo para o desenvolvimento sócio-econômico do Brasil", disse a empresa em comunicado ao mercado.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010