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Para arquivados07/04/16
Mercado e Negócios
Noticias
(Reuters) - A Caixa Econômica Federal [CEF.UL] pode precisar de um aporte de 5 bilhões de reais do governo neste ano para cobrir um rombo no fundo de pensão de seus trabalhadores, a Funcef, disse o jornal Folha de S. Paulo em reportagem publicada neste domingo.
O potencial aporte está em discussão entre executivos do banco e pode ser até maior, conforme a forte recessão do país eleva as taxas de inadimplência em empréstimos e afeta as receitas do banco, afirmou a Folha, sem citar as fontes da informação.
Procurados, porta-vozes da Caixa e do Ministério da Fazenda não responderam imediatamente a pedidos de comentário.
O novo presidente da Caixa, Gilberto Occhi, disse no último mês que o banco não precisaria de aporte de recursos pelo governo, uma vez que a instituição busca gerar recursos com a venda de fatias em seus negócios de seguros, loterias e cartões de crédito.
(Por Silvio Cascione)
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LONDRES (Reuters) - As duas principais candidatas ao cargo de primeiro-ministro do Reino Unido discordaram neste domingo sobre quão rapidamente devem ser iniciadas as negociações de um plano para a saída dos britânicos da União Europeia.
Theresa May, secretária de Estado e partidária do voto pela permanência no referendo do dia 23 de junho, disse que o Reino Unido precisava ser claro sobre sua posição nas negociações e que ela não se apressaria a iniciar o processo formal de saída neste ano.
Andrea Leadsom, ministra-adjunta de Energia que surgiu nos primeiros dias da disputa em maio como forte rival entre os que apoiavam a saída do bloco, adotou um tom mais urgente, dizendo que o Reino Unido precisa "sair na frente e progredir".
Os britânicos optaram por 52 por cento dos votos pela saída do bloco ao qual se juntaram em 1973, derrotando uma campanha liderada pelo primeiro-ministro David Cameron, que na manhã seguinte disse que iria renunciar devido ao resultado.
Cinco candidatos competem para suceder Cameron nos cargos de líder do Partido Conservador e de primeiro-ministro, número que será reduzido a dois pelos parlamentares do partido durante o verão europeu, antes de o partido escolher o vencedor em 9 de setembro.
Neste domingo, a mídia britânica sugeriu que alguns parlamentares conservadores que apoiam May tentam persuadir Leadsom e outros candidatos a desistirem para que a candidata possa se instalar em Downing Street rapidamente e trazer de volta a estabilidade, além de iniciar as negociações para a saída da UE.
Líderes da UE têm pressionado o Reino Unido a apressar o início de seu processo de saída e assim evitar um período prolongado de incertezas, considerado desestabilizador para os outros 27 Estados-membros.
Uma vez iniciado o processo, começa uma contagem de até dois anos para um acordo sobre os termos da saída da UE.
(Por Estelle Shirbon e Paul Sandle; reportagem adicional de Michael Holden)
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BERLIM (Reuters) - Importantes políticos alemães pediram melhorias nos processos da União Europeia para acelerar decisões e ampliar o apelo do bloco junto aos cidadãos, em declarações feitas apenas uma semana após o Reino Unido votar em referendo pela saída da UE, em uma decisão que surpreendeu o mundo.
O ministro das Finanças Wolfgang Schaeuble disse que é urgente que os membros da UE sejam mais pragmáticos e levem em conta uma visão "intergovernamental" para resolver problemas.
Ele reclamou que os políticos da UE levaram muito tempo para tomar decisões sobre a crise de imigrantes iniciada em 2015 e disse que Bruxelas trabalha com prazos longos demais.
Ele afirmou, no entanto, que reformar as instituições europeias ou mudar tratados europeus demoraria muito e negou que estivesse pedindo uma redução dos poderes da Comissão Europeia.
Já o ministro da Economia alemão Sigmar Gabriel pediu uma redução no número de membros da comissão europeia, em entrevista ao jornal Neue Osnabruecker Zeitung publicada no sábado.
Ele também disse que a UE deveria rever a distribuição de seu orçamento e avaliar se o bloco deveria continuar a direcionar cerca de 40 por cento de seus recursos à agricultura, enquanto muito menos dinheiro vai para pesquisa, inovação ou educação.
O presidente do parlamento europeu Martin Schulz, disse em um artigo que a Comissão Europeia deveria se tornar "um verdadeiro governo Europeu", sujeito ao controle do Parlamento Europeu e a uma segunda câmara formada por representantes dos Estados-membros.
Schaeuble também disse neste domingo que o voto do Reino Unido por sair do bloco e o crescente ceticismo em relação à UE em outros países mostram que a União Europeia precisa explicar melhor seu papel às pessoas e entregar resultados visíveis mais rapidamente.
"Claro que devemos manter os laços nacionais-- ninguém quer se livrar deles-- mas há algumas coisas que a Europa só pode resolver melhor se unida...mas nós precisamos provar isso".
(Por Michelle Martin)