segunda-feira, 9 de maio de 2016

Recuperações judiciais no setor de construção crescem 83% em 2016




Entre janeiro e abril deste ano, 339 empresas da construção civil entraram em recuperação judicial e 218 faliram, segundo dados do Instituto Nacional de Recuperação Empresarial (INRE). Para se ter ideia da deterioração da situação financeira das empresas, em 2015, no mesmo período, foram registradas 185 recuperações e 88 falências.

A paradeira pela qual o Brasil está passando, com a enorme escassez de obras públicas, é um dos motivos que levaram as construtoras à bancarrota. Mas há um outro elemento que também sacrifica o caixa e deixa as companhias sem reação: os atrasos nos pagamentos do poder público.

Segundo o presidente da Associação Paulista dos Empresários de Obras Públicas (Apeop), Luciano Amadio, só no Estado de São Paulo o atraso nos pagamentos já chegou a 80 dias. O resultado é o prolongamento dos cronogramas das obras por meses. Foi o que ocorreu com um projeto da construtora CVS. Previsto para entrar em operação em junho deste ano, o calendário foi estendido para dezembro, por atraso no pagamento.

O diretor da companhia, Cesar Scatena, conta que a combinação entre falta de novas obras e atraso nos pagamentos das obras em andamento comprometem muito a capacidade das empresas. Nos últimos meses, para suportar a falta de trabalho, a companhia decidiu cortar 90% do quadro de funcionários, diminuir a conta de telefone e mudar de prédio para reduzir custos.

"Antes, ocupávamos quatro salas em um prédio. Reduzimos para duas e agora vamos para um imóvel próprio, um pouco menor." Ele conta que a empresa tem apenas um contrato em carteira. "Estamos em busca de novos negócios para driblar a crise", diz Scatena, destacando que até 2013 o portfólio da construtora era 100% público.

O Grupo Jardiplan vive os mesmos dilemas para se manter de pé. Sem novos projetos, os custos da empresa têm sido bancados apenas por uma atividade do grupo, que é a conservação de rodovias. Boa parte dessas obras é contratada por concessionárias de estradas que têm de cumprir cronogramas de investimentos previstos em contrato. Só em São Paulo, as empresas que administram as rodovias gastam R$ 23 milhões com pinturas de sinalização, instalação de defensas e conservação em geral.

 "Temos contrato até o ano que vem. Do meio de 2017 pra frente não sei como será se esse mercado não virar", afirma o presidente da Jardiplan, Manoel Carlos Ferrari. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Trump afirma que pode elevar impostos para mais ricos em seu governo




Donald Trump disse que seu ambicioso pacote de redução de impostos em todo os Estados Unidos deve servir como ponto de partida para as negociações com o Congresso, e que os impostos realmente podem subir para as famílias mais ricas, se for necessário para compensar a queda nas taxas para a classe média.

O candidato deu uma entrevista ao canal de TV ABC neste domingo. "O plano é ter impostos mais baixos para as empresas, impostos mais baixos para a classe média, impostos mais baixos para todos. E em seguida, vamos começar a negociar". Sobre as taxas de impostos para os ricos, Trump disse: "Em meu plano, eles também cairão. Mas na hora da negociação, eles vão subir", devido à pressão dos parlamentares democratas.

Questionado sobre o impacto sobre os indivíduos de alta renda, como ele mesmo, Trump declarou que tem a sensação "de que pode pagar um pouco mais. Temos que fazer alguma coisa. Quer dizer, eu não me importaria em pagar mais".

Em outra entrevista na NBC que foi ao ar neste domingo, Trump disse que sua proposta fiscal era essencialmente um ponto de partida para as negociações, e ele não espera que o Congresso vai aprová-la como está. "Não tenho ilusões. Eu não acho que vai ser o plano final", disse ele.

Trump, que se recusou a tornar públicas suas declarações de impostos, respondeu sobre o assunto quando foi pressionado para esclarecer comentários sobre a sua posição em relação à carga fiscal para os ricos, e também sobre o salário mínimo.

Democratas e republicanos têm tipicamente profundas divisões sobre estas duas questões - os republicanos em geral querem taxas mais baixas para todos os contribuintes e sem aumento do salário mínimo, enquanto os democratas defendem aumento da carga sobre pessoas com rendimentos elevados e aumento do salário mínimo. Mas as posições de Trump costumam variar entre os dois lados. Fonte: Dow Jones Newswires.

Geddel também participa de reunião no Jaburu com Temer e Meirelles




Cotado para assumir a Secretaria de Governo no provável governo Michel Temer, Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), também participa da reunião no Palácio do Jaburu. O ex-ministro de Lula chegou na tarde de domingo, 8, à residência oficial da vice-Presidência, onde já estava o provável futuro ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Michel Temer retornou a Brasília esta tarde, após passar o fim de semana em São Paulo.
Para brasileiros o país só sairá da crise com novo governo

Para brasileiros o país só sairá da crise com novo governo

PAULA MARIA DUARTE e SILVANA PATALÃO
do PORTAL UNIVERSO, direto de BRASÍLIA, (DF)

Para a maioria dos brasileiros o Brasil só sairá dessa situação delicada com um novo governo, a reportagem do UNIVERSO ECONOMIA ouviu 160 pessoas, com idades entre 26 a 71 anos, entre homens e mulheres. Para 149 dos entrevistados, o Brasil só sairá da crise econômica caso houver um novo governo, e uma nova equipe econômica. Enquanto 11 dos entrevistados acreditam que mudar o governo não resolve a situação econômica do país.

Questionados sobre um eventual governo Temer, acabou dividindo opiniões, 86 são a favor, enquanto 73 são contra. Questionados sobre novas eleições, 127 são a favor, enquanto 33 são contra.

Questionados sobre o índice de satisfação do Governo Dilma, 149 são contra a politica econômica do governo, enquanto 11 afirmaram ser favoráveis.

A reportagem ouviu pessoas entre os dias 2 e 6 de maio, de Brasília-DF, e São Paulo-SP.