segunda-feira, 16 de maio de 2016

Moody's rebaixa classificação de risco de Arábia Saudita, Omã e Bahrein





DUBAI (Reuters) - A agência de classificação de risco Moody's rebaixou a classificação de risco para as dívidas de Arábia Saudita, Omã e Bahrein no sábado, 14, conforme os baixos preços do petróleo continuam a minar as finanças dos governos na região.

A agência de risco reduziu a nota de emissões de longo prazo da Arábia Saudita em um degrau, para A1, mas deu ao reino uma perspectiva estável, dizendo que reformas econômicas anunciadas pelo governo no último mês podem estabilizar o orçamento do Estado.

No final de abril, o vice-príncipe herdeiro Mohammed bin Salman revelou planos para a maior mudança política na Arábia Saudita em décadas, que inclui aumentos de impostos, ganhos de eficiência e o objetivo de dar um maior papel ao setor privado do país.

"O governo tem ambições e planos compreensíveis para diversificar tanto a economia quanto seu balanço financeiro, que, mesmo que tenham um sucesso parcial, deverão estabilizar seu perfil de crédito e poderão, se alcançados os objetivos, oferecer um caminho de volta para uma melhor classificação ao longo do tempo", disse a Moody's.

A agência, no entanto, disse que ainda é incerto como a Arábia Saudita financiará um forte déficit orçamentário estimado em cerca de 9,5 por cento do PIB entre 2016 e 2020, o que poderá exigir 324 bilhões de dólares.

A Moody's rebaixou a nota do Omã em um degrau, para Baa1, com perspectiva estável, e cortou o rating do Bahrein também em um degrau, para Ba2, para próximo de níveis que apontam calote, com perspectiva negativa. Os dois países não possuem as largas reservas financeiras e de petróleo de seus ricos países vizinhos.

(Por Andrew Torchia)

China pede aconselhamento da Grã-Bretanha para criar super órgão regular do mercado financeiro





HONG KONG/PEQUIM (Reuters) - A China pediu à Grã-Bretanha aconselhamento para o seu plano de criar um super-regulador financeiro, na medida em que busca melhorar a supervisão financeira na sequência do colapso da bolsa do ano passado, disseram fontes com conhecimento das conversações à Reuters.

As discussões entre representantes da China e do Ministério das Relações Exteriores e do Tesouro do Reino Unido destacam as crescente relações da Grã-Bretanha com Pequim sobre as questões financeiras, não obstante a gafe desta semana da rainha Elizabeth, que foi pega em câmara reclamando que as autoridades chinesas que acompanharam o presidente Xi Jinping em uma visita ao Reino Unido no ano passado foram "muito rude com o embaixador".

As conversações sinalizam crescente disposição de Pequim para procurar ajuda externa para melhorar a regulação da sua infraestrutura financeira, em uma tentativa de aumentar a transparência, reduzir o risco sistêmico e impedir que empresas se aproveitem das brechas regulatórias.

Várias fontes chineses e britânicas com conhecimento direto das conversações disseram que Pequim enviou delegações para Londres para estudar o quadro regulatório britânico, com duas fontes citando uma visita no primeiro trimestre.

Representantes do governo britânico também visitaram Pequim no mês passado para discutir questões financeiras, econômicas e regulatórias, disseram duas fontes com conhecimento da visita.

Debilidades na regulamentação chinesa foram expostas em meados do ano passado, quando os mercados de ações da China perdeu um terço de seu valor em um mês, após ter subido cerca de 150 por cento em 12 meses.

Governo e reguladores adotaram uma série de medidas para tentar conter o colapso do mercado, incluindo a limitação de vendas a descoberto.

Fundo soberano da Noruega planeja processar Volkswagen por escândalo de emissão de poluentes





(Reuters) - O fundo soberano da Noruega, a maior do mundo, disse no domingo que planeja aderir a ações judiciais coletivas movidas contra a montadora alemã Volkswagen sobre o escândalo de emissões.

"Norges Bank Investment Management pretende participar de uma ação legal contra a Volkswagen decorrente dos dados incorretos fornecidos pela a empresa sobre as emissões", disse a porta-voz do fundo Marthe Skaar, em um comunicado enviado por e-mail à Reuters.

"Fomos informados por nossos advogados que o comportamento da empresa dá origem a processos judiciais ao abrigo do direito alemão. Como investidor, é nossa responsabilidade para salvaguardar a participação do fundo na Volkswagen", Skaar acrescentou.

O jornal Financial Times foi o primeiro a publicar, no domingo, 15, o plano do fundo soberano para processar a Volkswagen.

A Volkswagen, que admitiu no ano passado que tinha usado software sofisticado em seus carros para enganar os testes de emissões de poluentes, não estava disponível para comentar o assunto fora do horário comercial.

O legado dos 13 anos do PT no poder em seis indicadores internacionais





O aval do Senado à abertura do processo de impeachment contra a presidente, Dilma Rousseff, marca o fim de um período de 13 anos consecutivos em que o Partido dos Trabalhadores esteve no poder no Brasil.

Foto: Reprodução / BBC

Com o afastamento de Dilma, Michel Temer, do PMDB, assumiu a Presidência interinamente. A petista pode ficar afastada por até 180 dias para que o Senado realize o julgamento definitivo sobre seu mandato.

Nesse momento marcado pelo fim de um importante ciclo político para o país, a BBC Brasil procurou especialistas e levantou indicadores internacionais para entender o legado dos 13 anos de governo de PT. Afinal, no que avançamos - e no que retrocedemos ou ficamos estagnados?

Abaixo, listamos seis índices-chave que ajudam a explicar como o Brasil de hoje pode ser comparado a outros países e ao Brasil de 13 anos atrás:

1. Ranking das maiores economias:

Em 2002, o Brasil ocupava a 13ª posição no ranking global de economias medido pelo PIB em dólar, segundo dados do Banco Mundial e FMI. Chegou a ser o 6º em 2011, desbancando a Grã-Bretanha, mas voltou a cair.

Hoje, é a 9ª maior economia do mundo de acordo com esse indicador, que sofre grande influência do câmbio - e, portanto, foi bastante afetado pela desvalorização do real.

Se considerarmos o PIB medido por Paridade de Poder de Compra (PPP), que procura, justamente, neutralizar esse efeito do câmbio, temos que o Brasil ocupou a 7ª e 8ª posição no ranking ao longo dos últimos anos.

Em 2003, subimos para a 7ª posição, ultrapassando a França. Em 2008, fomos ultrapassados pela Rússia. E em 2011 voltamos para a 7ª posição com a queda da Grã-Bretanha.

"No caso do PIB, o que comprometeu o resultado dos anos do PT no poder foi de fato a gestão Dilma - e em especial seu segundo mandato", diz Alessandra Ribeiro, economista da Consultoria Tendências.

Ela diz que, em função do crescimento do governo Lula (o país chegou a crescer 7,5% em 2010), nos últimos 13 anos a média de expansão do PIB foi de 2,9%, contra 2,5% da média do governo Fernando Henrique Cardoso.

Colocando "na conta" do governo Dilma a recessão deste ano (consultorias esperam uma retração do PIB de 4% em 2016), a média cairia para 2,4%, ainda próxima do crescimento de FHC.

Ribeiro atribui essa desaceleração brusca em parte à má gestão, ao suposto fracasso da política econômica de Dilma e ao que vê como um excesso de intervencionismo estatal na administração petista, além da falta de reformas estruturais que poderiam melhorar o ambiente para negócios no Brasil.

Ela ressalta, porém, que, o contexto internacional também ficou menos favorável e que a crise política e a Lava Jato também tiveram um impacto negativo grande na economia.

João Augusto de Castro Neves, diretor para América Latina da consultoria Eurasia Group, concorda. "Na economia, a Dilma pegou um avião em piloto automático e em um céu de brigadeiro. Quando veio a tempestade, ficou claro que não sabia pilotar", diz.

Para Neves, os erros que derrubaram o PIB nos últimos anos - culminando em uma das mais graves recessões da história do país - começaram no segundo mandato de Lula.

"O Estado começou a gastar mais para fazer uma política anticíclica (tentar manter os investimentos e o consumo em níveis altos), mas isso saiu do controle. Agora precisaremos provavelmente de uma década para recuperar o que foi perdido com a recessão do governo Dilma."

2. IDH e combate a pobreza

A nota do Brasil no Índice de Desenvolvimento Humano da ONU, que era de 0,649 no início dos anos 2000, chegou a 0,755 hoje, o que indica uma melhora.

A pesquisa considera indicadores como a esperança de vida ao nascer, a expectativa de anos de estudo e a renda per capita. Como resultado, cada país recebe uma nota que vai de 0 a 1.

No relatório da ONU de 2015 sobre o índice, o Bolsa Família é retratado como uma espécie de modelo de programa social bem-sucedido. "Desde que o programa foi lançado, 5 milhões de brasileiros deixaram a extrema pobreza. E por volta de 2009 o programa havia reduzido a taxa de pobreza em 8 pontos percentuais."

Também é destacado o aumento da escolaridade no país e avanços no combate a miséria, o que vai ao encontro da avaliação de especialistas consultados pela BBC Brasil, que veem nas políticas sociais o maior legado positivo dos 13 anos do PT no poder no Brasil.

Angel Melguizo, chefe da unidade de América Latina e Caribe do Centro de Desenvolvimento da OCDE, por exemplo, destaca que nos últimos anos os índices de pobreza brasileiros caíram pela metade com a emergência de uma nova classe média.

Ele admite que parte desse contingente pode ter seus ganhos ameaçados pelo aumento do desemprego e recessão econômica, mas faz uma ressalva relativamente otimista:

"Dados do Banco Mundial que mencionaremos em nosso próximo relatório indicam que 43% dessa nova classe média brasileira seria o que chamamos de classe média consolidada, que tem trabalho formal, proteção social e mais condições de se proteger da crise. E que apenas 38% seria parte da classe média vulnerável, que pode voltar para a pobreza. O índice do Brasil é melhor que em outros países da região", afirma.

Para Otaviano Canuto, diretor-executivo para o Brasil no FMI, "políticas sociais para potencializar mudanças estruturais" são de fato "um grande legado" dos governos do PT.

Canuto defende, porém, que "há hoje necessidade de passar a limpo, ver relação entre custo e resultado do leque de políticas sociais que estão embutidas no orçamento". "Aquelas como Bolsa Família, que são demonstradas como eficazes e a baixo custo, devem ser intocáveis", opina.

3. Gini - Desigualdade

Outro indicador que também teve uma melhora foi o da desigualdade. O coeficiente Gini do Brasil, nos cálculos do Banco Mundial, passou de 58,6, em 2002, para 52,9, em 2013 (último dado disponível).

O Gini é um indicador que mede desigualdade de renda e vai de 0 a 100 (0 representa total igualdade).

Em 2014, um relatório da ONU sobre o tema também registrou uma queda significativa da desigualdade no Brasil na última década, com o Gini passando, nos cálculos das Nações Unidas, de 54,2 para 45,9.

Na época, a ONU destacou o efeito sobre a desigualdade do aumento real do salário mínimo - de 80% entre 2003 e 2010 - e dos esforços para a formalização do mercado de trabalho brasileiro, além dos programas de transferência de renda, como o Bolsa Família.

O economista Diego Sánchez-Ancochea, diretor do Centro de Estudos Latino-Americanos (LAC) da Universidade de Oxford, especialista em desigualdade, cita, como exemplo desses esforços de formalização do mercado, iniciativas como a Proposta de Emenda Constitucional sobre os trabalhadores domésticos.

"Já houve momentos em que a economia brasileira cresceu com um aumento da desigualdade, como nos anos 60 e início dos 70. Na época, o crescimento favoreceu os mais ricos e a alta classe média", diz Sánchez-Ancochea.

"Isso mostra que mesmo com o boom das commodities impulsionando a economia brasileira, a trajetória dos índices de desigualdade no país poderia ter sido diferente não fossem essas políticas adotadas (durante o governo do PT). O legado (do partido) nessa área é grande."

O economista de Oxford diz ser difícil prever o que vai acontecer daqui para frente, mas não descarta retrocessos nesse indicador. "Isso vai depender das políticas adotadas pelo novo governo, que chega prometendo fazer ajustes e cortes de gastos."

4. Percepção de corrupção

Em 2002, o Brasil ocupava a 45ª posição do ranking de percepção da corrupção da Transparência Internacional (TI), que incluía análises de 102 países. Em 2015, passamos para o 76º lugar entre 168 países - o que parece indicar estagnação.

O coordenador do Programa Brasil da TI Bruno Brandão diz, porém, que os índices dos dois anos não são comparáveis por que, além do número de países analisados, a metodologia da pesquisa também mudou em 2012.

"E desde 2012, nossos indicadores para o Brasil permaneceram relativamente estáveis, com a exceção de 2015, quando tivemos um aumento muito grande da percepção de corrupção que levou o país a cair do 69º ao 76º lugar no ranking, principalmente como efeito da Lava Jato", diz Brandão.

Segundo o coordenador da TI, a percepção da organização é de que o país avançou no combate à corrupção desde 2002 - embora a maior parte desse "avanço" não tenha ocorrido por mérito do governo.

"É complicado dizer se a corrupção ficou menor ou maior porque a corrupção é um fenômeno oculto - a única que aparece é a que foi pega. Mas para nós o que interessa é se há mais combate ao problema - e nesse ponto parece que o Brasil está de fato avançando", opina.

"Tivemos uma evolução institucional grande e um aumento da sociedade. Hoje temos a lei contra a lavagem de dinheiro, a lei anticorrupção, a da ficha limpa, de acesso a informação e etc. 

Instituições como o Ministério Público, a Polícia Federal e o próprio sistema judiciário também têm demonstrado grande autonomia."

O governo Dilma, na avaliação de Brandão, teria sido marcado por um certo "pudor republicano" que favoreceu o combate a corrupção em alguma medida, embora em algumas ocasiões esse pudor possa ter sido abandonado (por exemplo, se forem comprovadas as tentativas do governo de interferir na Lava Jato, como denunciou o ex-líder do governo no Senado Delcídio do Amaral).

Ele lembra o caso da Malásia, onde o procurador-geral foi destituído após um escândalo de corrupção envolvendo o primeiro-ministro.

"No Brasil, o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, foi reconduzido ao cargo em meio à Lava Jato. O Supremo Tribunal Federal também tem agido com autonomia, apesar de muitos de seus membros terem sido indicados pelo PT - enquanto na Venezuela, por exemplo, essa corte mais parece um escritório de advogados do presidente (Nicolás Maduro)."

Já para Neves, do Eurasia Group, dizer que o governo do PT "deixou que se investigasse" a corrupção na Petrobras é "papo furado".

"Concordo que é difícil dizer se a corrupção caiu ou cresceu no governo PT. Mas é relevante o fato de o escândalo da Lava Jato ser o maior escândalo de corrupção da história brasileira", opina. "Também chama a atenção a maneira coordenada e sistematizada com que o esquema foi montado na estatal."

5. PISA - Educação

Em 2000, primeiro ano em que o Brasil fez parte do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA), da OCDE (a organização dos países ricos), o país ficou em último lugar entre 32 nações.
O programa tem como objetivo avaliar e comparar o resultado de sistemas educacionais no mundo por meio de uma série de testes aplicados a estudantes.

No último relatório, publicado no final de 2013, agora com dados de 65 países (alguns ricos, como Japão, Suíça e Alemanha, o Brasil ocupou a posição 55 no ranking de leitura, 58 no de matemática e 59 no de ciências. Ou seja, comparativamente avançou em relação ao 2000, ainda que pouco.

Para Melguizo, da OECD, porém, é natural que a melhora tenha sido lenta porque a grande conquista do país nos últimos anos foi na questão da "cobertura do sistema", ou seja, no acesso à escola e universidades.

"Esse era um processo necessário. Falta agora avançar na questão da qualidade do ensino e também na educação para o trabalho. Mas não acho que devemos ver essa melhora lenta com pessimismo", diz ele."Na questão da cobertura o avanço foi significativo."

Castro Neves, do Eurasia Group concorda: "Considero a expansão do acesso a educação como parte do legado social positivo (dos anos de governo do PT), embora certamente falte melhorar a questão da qualidade."

6. Ambiente para negócios

A questão do ambiente para os negócios é outra área em que os especialistas veem certa estagnação como saldo dos 13 anos do governo petista - com deterioração na gestão Dilma.

Alguns índices internacionais parecem corroborar essa percepção. Em 2002, o país ficou no 46º lugar entre 80 países no ranking de competitividade global calculado pelo World Economic Forum (WEF), que considera dados sobre as condições de se fazer negócio pelo mundo.

Em 2015, ocupou a 75ª posição entre 140 países, após cair 18 posições em um ano em função de problemas como o aumento da pressão inflacionária, a alta da percepção de corrupção e a deterioração da confiança em instituições. Foi a pior classificação do país desde que o índice de competitividade global foi criado, nos anos 90.

O relatório de 2015 do WEF destaca, porém, o avanço do Brasil na questão do transporte aéreo e infraestrutura, apesar de esse ainda ser considerado um dos gargalos da economia brasileira. E cita o grande mercado consumidor do país como um dos fatores que ainda o torna atrativo para investidores.

"Nesses 13 anos - e principalmente nos anos de bonança econômica - o governo poderia ter aproveitado para fazer reformas estruturais, melhorar a questão tributária, reduzir a burocracia (para se fazer negócios no Brasil) e etc. Mas perdeu-se essa oportunidade", diz Neves.

"Hoje também parece claro que as políticas de campeões nacionais (conduzida pelo BNDES, que selecionou companhias para ajudar a torná-las mais competitivas globalmente, com créditos subsidiados e compra de participações acionárias) não foram uma boa ideia - criaram um ambiente de negócios em que era o governo quem escolhia perdedores e vencedores e, para se beneficiar, era preciso gritar mais alto."

Para Ribeiro, da Tendências, o ambiente para negócios piorou principalmente a partir de 2011. "Tivemos muitas mudanças nas regras do jogo, mais impostos para uns, subsídios para outros e tentativas do governo de intervir em determinados setores que não deram certo, como no setor elétrico", diz.

*Colaborou João Fellet, de Washington

Temer convoca reunião com centrais sindicais para segunda-feira

em SÃO PAULO, (SP)


O presidente interino, Michel Temer (PMDB), convocou para segunda-feira (16), às 15h, em Brasília, reunião com centrais sindicais para discutir possíveis mudanças na Previdência Social, afirmou ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), o Paulinho da Força. Segundo ele, o encontro foi agendado após o mal-estar gerado junto às centrais sindicais pelos comentários do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, durante entrevista coletiva na última sexta-feira.

Paulinho contou que a Força Sindical, entidade presidida por ele, quer ouvir as propostas de Temer e a ideia do encontro é "acertar procedimentos". Em conversas anteriores com representantes do atual governo, teria sido dito que nada mudaria sem ampla negociação com centrais sindicais, afirmou Paulinho da Força. "Queremos que seja o governo do diálogo, que não seja um governo que decida de cima para baixo", acrescentou.

Entre os pontos defendidos, o político disse que não aceitará alterações na idade mínima para aposentadoria de quem já estiver trabalhando. "Se for para discutir para quem começa a trabalhar agora, até é possível. O jovem que começa a trabalhar agora vai viver 100 anos e é possível trabalhar um pouco mais", afirmou. Além da Força Sindical deverão estar presentes no encontro de amanhã representantes da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) e Nova Central Sindical dos Trabalhadores. "A CUT foi convidada, mas acho que eles não vão", acrescentou Paulinho.

Na entrevista, na sexta-feira, Meirelles defendeu a mudança nas regras da Previdência. "A reforma da Previdência é uma necessidade. A Previdência tem que ser autossustentável ao longo do tempo", disse. O ministro também defendeu uma idade mínima para as aposentadorias. No mesmo dia, Paulinho da Força chamou de "estapafúrdias" as ideias do ministro da Fazenda. "A Força Sindical repudia qualquer tentativa de se fazer uma reforma da Previdência que venha a retirar direitos dos trabalhadores", disse por meio de nota. "A estapafúrdia ideia defendida pelo atual ministro é inaceitável porque prejudica quem ingressa mais cedo no mercado de trabalho, ou seja, a maioria dos trabalhadores brasileiros. Vale lembrar que o último governo já fez mudanças no regime da Previdência que só resultaram em prejuízos para os trabalhadores", acrescentou o dirigente.
Com desemprego, vem aumentando número de autônomos

Com desemprego, vem aumentando número de autônomos

SILVANA PATALÃO
do PORTAL UNIVERSO, em SÃO PAULO, (SP)

Restaurantes de comidas caseiras, com disk-entregas gratuito, essa é a forma que Elisângela Prado encontrou para conseguir uma renda para ajudar nas despesas de casa. "Não é fácil, eu fui dispensada, e só meu marido que esta trabalhando, e agente tem contas de luz, água, escola das crianças, e despesas com a casa.", conta. 

Elisângela explica que após perder o emprego como promotora de vendas em um supermercado teve a ideia de abrir o disk-entregas de comidas caseiras. "Eu pensei nos lucros, preços, e nas estrategias de vendas, e graças a Deus esta dando certo. Não é igual a minha renda anterior, mais já da para ajudar em casa.", completa.

Com o aumento do desemprego no Brasil vem aumentando o número de pessoas abrindo seus próprios negócios, e ganhando sua renda independente. Atualmente, a economia no Brasil continua em uma situação delicada, o que esta gerando aumento em impostos, e provocando desempregos.

Uma das áreas mais afetadas pela crise é o comércio, as vendas despencaram, e os comerciantes precisaram fazer demissões para equilibrar as contas. Outros decidiram abrir falência por causa da queda de vendas.


Já são 11 milhões de brasileiros e brasileiras desempregados por causa da situação econômica do país.

Relação comercial Brasil-Argentina tende a crescer

MÔNICA BOTTO
do PORTAL UNIVERSO, em SÃO PAULO, (SP)


O presidente interino Michel Temer tem propostas alinhada com o presidente da Argentina, Mauricio Macri.

O presidente interino Michel Temer tem propostas alinhada com o presidente da Argentina, Mauricio Macri. O país vizinho compra automóveis, autopeças e veículos de carga, entre outros produtos. Para os especialistas, a relação comercial com a Argentina pode ser muito importante. 

Especialistas ouvidos pela reportagem afirmam que Temer e Macri possuem uma postura neoliberal na economia, ambos governos são pró-privatização, que buscam ajustes nas contas públicas. 

A Argentina enfrenta uma crise econômica a nove anos. Para os especialistas, a economia mundial não esta em sua melhor condição.

Comparando Brasil e Argentina, o Brasil possui um mercado de capitais mais evoluído e estável. Na Argentina a inflação já acumula 20% neste ano.