SILVANA PATALÃO
do PORTAL UNIVERSO, em SÃO PAULO, (SP)
De acordo com levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), jovens entre 14 e 24 anos são os mais atingidos pelo desemprego. Ainda segundo o estudo, a situação é mais grave no Nordeste, entre mulheres e jovens, entre pessoas com ensino médio incompleto e moradores das regiões metropolitanas.
No quarto trimestre de 2015 o índice era de 15,25% e passou para 26,36% no 1° trimestre deste ano. De acordo com o IBGE, no primeiro trimestre de 2016 a taxa de desemprego alcançou 11,2%, 3,2 pontos percentuais acima do observado no mesmo período do ano anterior.
"Após atingir um pico de 44% no terceiro trimestre de 2012, os jovens ocupados eram apenas 37% no primeiro trimestre de 2016", aponta a Carta de Conjuntura do Ipea referente ao mês de junho.
De acordo com Ipea, até 2015, a queda na ocupação era mais reflexo do aumento dos que apenas estudavam do que da elevação de desempregados. Na comparação por regiões, a taxa de desemprego no Nordeste continua sendo a mais elevada do País. O indicador subiu de 10,45% no quarto trimestre do ano passado para 12,80% no primeiro trimestre deste ano. Na região Sul, onde a taxa de desemprego é a mais baixa do País, o indicador oscilou de 5,69% para 7,35%. A taxa geral do Brasil variou de 8,96% para 10,90% no mesmo período de comparação.
O desemprego ainda atinge mais mulheres 12,75% contra 9,48% dos homens. Aqueles que não são chefes de família (15%) do que aqueles que são (6,07%) e mais quem mora nas regiões metropolitanas (11,93%) do que quem mora fora delas (10,13%).
"Desde o último trimestre de 2015, os dados da PNADC indicam que o aumento do desemprego foi causado majoritariamente pela queda da população ocupada, tendo sido reduzida a contribuição do aumento da população economicamente ativa (PEA)", aponta o estudo do Ipea, em referência à Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua. "Por outro lado, o aumento do desemprego não tem sido ainda mais intenso, pois muitos trabalhadores têm tomado a iniciativa de se tornarem trabalhadores por conta própria", complementa a Carta de Conjuntura.
Ainda de acordo com Ipea, a situação de desemprego do País continuou a se deteriorar no início do segundo trimestre. Tanto que a taxa de desemprego, que terminou o primeiro trimestre em 10,90%, subiu para 11,2% no trimestre móvel que inclui o mês de abril.
Com o aumento do desemprego, a renda média do trabalhador ficou praticamente estável, em contraste a uma taxa de inflação que oscila ao redor de 10% ao ano. "A média dos rendimentos no primeiro trimestre ficou em R$ 1.974,00, apenas R$ 5 maior que a média do último trimestre de 2015, porém bastante abaixo dos R$ 2.040,00 observados no início de 2015 e final de 2014", aponta o documento. No trimestre encerrado em abril, o rendimento médio já havia caído mais um pouco, para R$ 1.962,00.
Segundo o Ipea, a Pnadc mostra que a redução nos salários reais foi pior em setores que exigem menor qualificação.
Ainda segundo o Ipea, os dados da PNADC, ressalta o Ipea, mostram que a redução nos salários reais foi pior em setores que exigem menor qualificação No grupo de pessoas que recebem menos que o mínimo, os rendimentos reais caíram aproximadamente 10% nos últimos 12 meses. "Já o rendimento real do decil superior da distribuição de renda caiu 6,7% no último ano", compara o Ipea, ao analisar os dados do primeiro trimestre deste ano.
do PORTAL UNIVERSO, em SÃO PAULO, (SP)
De acordo com levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), jovens entre 14 e 24 anos são os mais atingidos pelo desemprego. Foto: Getty Images |
De acordo com levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), jovens entre 14 e 24 anos são os mais atingidos pelo desemprego. Ainda segundo o estudo, a situação é mais grave no Nordeste, entre mulheres e jovens, entre pessoas com ensino médio incompleto e moradores das regiões metropolitanas.
No quarto trimestre de 2015 o índice era de 15,25% e passou para 26,36% no 1° trimestre deste ano. De acordo com o IBGE, no primeiro trimestre de 2016 a taxa de desemprego alcançou 11,2%, 3,2 pontos percentuais acima do observado no mesmo período do ano anterior.
"Após atingir um pico de 44% no terceiro trimestre de 2012, os jovens ocupados eram apenas 37% no primeiro trimestre de 2016", aponta a Carta de Conjuntura do Ipea referente ao mês de junho.
De acordo com Ipea, até 2015, a queda na ocupação era mais reflexo do aumento dos que apenas estudavam do que da elevação de desempregados. Na comparação por regiões, a taxa de desemprego no Nordeste continua sendo a mais elevada do País. O indicador subiu de 10,45% no quarto trimestre do ano passado para 12,80% no primeiro trimestre deste ano. Na região Sul, onde a taxa de desemprego é a mais baixa do País, o indicador oscilou de 5,69% para 7,35%. A taxa geral do Brasil variou de 8,96% para 10,90% no mesmo período de comparação.
O desemprego ainda atinge mais mulheres 12,75% contra 9,48% dos homens. Aqueles que não são chefes de família (15%) do que aqueles que são (6,07%) e mais quem mora nas regiões metropolitanas (11,93%) do que quem mora fora delas (10,13%).
"Desde o último trimestre de 2015, os dados da PNADC indicam que o aumento do desemprego foi causado majoritariamente pela queda da população ocupada, tendo sido reduzida a contribuição do aumento da população economicamente ativa (PEA)", aponta o estudo do Ipea, em referência à Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua. "Por outro lado, o aumento do desemprego não tem sido ainda mais intenso, pois muitos trabalhadores têm tomado a iniciativa de se tornarem trabalhadores por conta própria", complementa a Carta de Conjuntura.
Ainda de acordo com Ipea, a situação de desemprego do País continuou a se deteriorar no início do segundo trimestre. Tanto que a taxa de desemprego, que terminou o primeiro trimestre em 10,90%, subiu para 11,2% no trimestre móvel que inclui o mês de abril.
Rendimento Salarial
Com o aumento do desemprego, a renda média do trabalhador ficou praticamente estável, em contraste a uma taxa de inflação que oscila ao redor de 10% ao ano. "A média dos rendimentos no primeiro trimestre ficou em R$ 1.974,00, apenas R$ 5 maior que a média do último trimestre de 2015, porém bastante abaixo dos R$ 2.040,00 observados no início de 2015 e final de 2014", aponta o documento. No trimestre encerrado em abril, o rendimento médio já havia caído mais um pouco, para R$ 1.962,00.
Segundo o Ipea, a Pnadc mostra que a redução nos salários reais foi pior em setores que exigem menor qualificação.
Ainda segundo o Ipea, os dados da PNADC, ressalta o Ipea, mostram que a redução nos salários reais foi pior em setores que exigem menor qualificação No grupo de pessoas que recebem menos que o mínimo, os rendimentos reais caíram aproximadamente 10% nos últimos 12 meses. "Já o rendimento real do decil superior da distribuição de renda caiu 6,7% no último ano", compara o Ipea, ao analisar os dados do primeiro trimestre deste ano.
Desemprego atinge mais os jovens com menos de 25 anos de idade, aponta pesquisa
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Redação