segunda-feira, 13 de junho de 2016

Desemprego atinge mais os jovens com menos de 25 anos de idade, aponta pesquisa

SILVANA PATALÃO
do PORTAL UNIVERSO, em SÃO PAULO, (SP)

De acordo com levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), jovens entre 14 e 24 anos são os mais atingidos pelo desemprego.

Foto: Getty Images

De acordo com levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), jovens entre 14 e 24 anos são os mais atingidos pelo desemprego. Ainda segundo o estudo, a situação é mais grave no Nordeste, entre mulheres e jovens, entre pessoas com ensino médio incompleto e moradores das regiões metropolitanas. 

No quarto trimestre de 2015 o índice era de 15,25% e passou para 26,36% no 1° trimestre deste ano. De acordo com o IBGE, no primeiro trimestre de 2016 a taxa de desemprego alcançou 11,2%, 3,2 pontos percentuais acima do observado no mesmo período do ano anterior.

"Após atingir um pico de 44% no terceiro trimestre de 2012, os jovens ocupados eram apenas 37% no primeiro trimestre de 2016", aponta a Carta de Conjuntura do Ipea referente ao mês de junho.

De acordo com Ipea, até 2015, a queda na ocupação era mais reflexo do aumento dos que apenas estudavam do que da elevação de desempregados. Na comparação por regiões, a taxa de desemprego no Nordeste continua sendo a mais elevada do País. O indicador subiu de 10,45% no quarto trimestre do ano passado para 12,80% no primeiro trimestre deste ano. Na região Sul, onde a taxa de desemprego é a mais baixa do País, o indicador oscilou de 5,69% para 7,35%. A taxa geral do Brasil variou de 8,96% para 10,90% no mesmo período de comparação.

O desemprego ainda atinge mais mulheres 12,75% contra 9,48% dos homens. Aqueles que não são chefes de família (15%) do que aqueles que são (6,07%) e mais quem mora nas regiões metropolitanas (11,93%) do que quem mora fora delas (10,13%).

"Desde o último trimestre de 2015, os dados da PNADC indicam que o aumento do desemprego foi causado majoritariamente pela queda da população ocupada, tendo sido reduzida a contribuição do aumento da população economicamente ativa (PEA)", aponta o estudo do Ipea, em referência à Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua. "Por outro lado, o aumento do desemprego não tem sido ainda mais intenso, pois muitos trabalhadores têm tomado a iniciativa de se tornarem trabalhadores por conta própria", complementa a Carta de Conjuntura.

Ainda de acordo com Ipea, a situação de desemprego do País continuou a se deteriorar no início do segundo trimestre. Tanto que a taxa de desemprego, que terminou o primeiro trimestre em 10,90%, subiu para 11,2% no trimestre móvel que inclui o mês de abril.

Rendimento Salarial


Com o aumento do desemprego, a renda média do trabalhador ficou praticamente estável, em contraste a uma taxa de inflação que oscila ao redor de 10% ao ano. "A média dos rendimentos no primeiro trimestre ficou em R$ 1.974,00, apenas R$ 5 maior que a média do último trimestre de 2015, porém bastante abaixo dos R$ 2.040,00 observados no início de 2015 e final de 2014", aponta o documento. No trimestre encerrado em abril, o rendimento médio já havia caído mais um pouco, para R$ 1.962,00.

Segundo o Ipea, a Pnadc mostra que a redução nos salários reais foi pior em setores que exigem menor qualificação.


Ainda segundo o Ipea, os dados da PNADC, ressalta o Ipea, mostram que a redução nos salários reais foi pior em setores que exigem menor qualificação No grupo de pessoas que recebem menos que o mínimo, os rendimentos reais caíram aproximadamente 10% nos últimos 12 meses. "Já o rendimento real do decil superior da distribuição de renda caiu 6,7% no último ano", compara o Ipea, ao analisar os dados do primeiro trimestre deste ano.

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Oleh

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