segunda-feira, 30 de maio de 2016

Crise econômica, desemprego vem abaixando os padrões de vida dos brasileiros

LARISSA BORGES
do PORTAL UNIVERSO, em BELO HORIZONTE, (MG)

Crise economica, altos índices de desemprego, lojas fechando, empresas falindo, com todas essas ações vem baixando os padrões de vida dos brasileiros. O casal Fernanda, desempregada, e o esposo, Maurício Gomes, auxiliar administrativo, estão sentindo na pele os impactos da crise.

"O aluguel foi reajustado, nós pagamos financiamento de carro, prestações, e ainda temos despesa, é uma situação complicada.", disse Maurício. Segundo ele, algumas regalias foram cortadas. Entre elas a escola dos dois filhos, eles passaram de uma escola particular para uma pública.

"Já economizou 600 reais do salário.", conta Maurício. Fernanda foi dispensada em abril, ela era atendente de uma loja de roupas em Belo Horizonte. "Depois que eu sai as contas afundou nossa renda. E agora que a luz em Minas vai aumentar nós estamos nos preocupando cada dia mais.", disse Fernanda.

Segundo um estudo da Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa (Abep), entre os anos de 2015 e 2016 a classe que abrange famílias com renda média de R$ 4,9 mil (chamada de B2) perdeu 533,9 mil domicílios. A categoria dos que ganham R$ 2,7 mil (C1) encolheu em 456,6 mil famílias.

As classes mais pobres, contudo, ganharam reforço. No âmbito das famílias que têm renda média de R$ 1,6 mil (C2), o incremento foi de 653,6 mil domicílios. Outras 260 mil famílias passaram a fazer parte das classes D e E, com renda média de apenas R$ 768.

"Porcentualmente, esse movimento é pequeno. Mas, em termos absolutos, estamos falando em um acréscimo de mais de 910 mil famílias nas classes pobres em apenas um ano. É um número expressivo", afirma Luis Pilli, da Abep, em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo.

Resultado que chama atenção da Abep é que a classe A, a mais rica e que conta com reservas financeiras e de patrimônio para se defender da alta da inflação e do desemprego, cresceu em 109,5 mil famílias no período. Com isso, ao todo, 1,023 milhão de domicílios, ou cerca de 4 milhões de pessoas, se movimentaram de alguma forma na escala social por causa da crise – a maioria, porém, perdendo o status anterior.

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Oleh

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